Sexta-feira, 03 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

Justiça Segunda-feira, 05 de Dezembro de 2016, 14:53 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 05 de Dezembro de 2016, 14h:53 - A | A

DELAÇÃO PREMIADA

Delator revela que antes de liderar esquema, organização criminosa já existia na Seduc

JESSICA BACHEGA

Em depoimento ao Ministério Público estadual (MPE), o delator  na Operação Rêmora, Giovani Guizardi, afirmou que antes de entrar no esquema de cobrança de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o empresário Ricardo Sguarezi, dono da Aurora Construtora, era quem desempenhava sua função de cobrar a propina dos demais empresários.

 

Circuito Mato Grosso

Ricardo Sguarezi depoimento

Sguarezi como testemunha de acusação do MPE

Guizardi afirma que entrou na organização criminosa em 2015. Antes disso, Sguarezi executava as cobranças desde a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso há um ano e dois meses, por conta da Operação Sodoma que também investiga cobrança de propina em troca da manutenção de contratos com o Estado e incentivos fiscais.

 

O delator afirma que Sguarezi agia com o apoio do empresário Luiz Fernando Rondon, também delator no processo. Porém, ambos cobravam uma propina de 3% dos empreiteiros que participavam da organização. Valor este que foi inflacionado para 5% na “gestão” de Guizardi.

 

Ricardo Sguarezi disse ao Ministério Público Estadual (MPE), no mês de maio, quando a Operação Rêmora foi deflagrada, que Guizardi teria cobrado propina dele, mas que não pagou. Relatou que percebendo a irregularidade, levou a denuncia até o então secretário Permínio Pinto, que o orientou a não pagar. 

 

Em interrogatório realizado esta semana, Sguarezi voltou atrás e confessou que mentiu no depoimento anterior. Ele informou que pagou propina ao grupo liderado por Permínio, mas não revelou valores. No entanto, não revelou que participava ativamente do processo muito antes do dono da Dínamo integrar o esquema.

 

Guizardi afirmou que quando passou a fazer parte do esquema a organização já existia e era conduzida pelo ex-secretário Perminio Pinto Filho, o servidor Fábio Frigeri e os empresários Leonardo Guimarães Rodrigues e Ricardo Sguarezi.

 

Guizardi afirmou que, além de arrecadar propina, Sguarezi também fazia os pagamentos indevidos para a organização a fim de garantir seus recebimentos e contratos junto à Secretaria.

 

O delator mencionou que ele mesmo já recebeu dinheiro pago por Sguarezi referente a locação de salas de aula realizada junto a empresa Relumat, que também é do empresário. “Ele pagava um percentual de 15% de propina sobre o valor de contratos de locação de salas”, informou o delator.

 

Segundo ele, o valor da propina referente a locação era em torno de R$ 30 mil. Propina esta que Sguarezi narrou em seu depoimento perante o juízo no qual estava na condição de testemunha de acusação arrolada pelo MPE.

 

O empresário foi procurado para se manifestar sobre as acusações, porém não houve resposta.

 

 

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros