Quarta-feira, 01 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

Justiça Quinta-feira, 18 de Agosto de 2016, 16:00 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 18 de Agosto de 2016, 16h:00 - A | A

INFORMAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Defesas querem empresário na lista de réus e quebra de delação de Zílio

JESSICA BACHEGA

A defesa do filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o médico Rodrigo Barbosa, representada pelo advogado Bruno Alegria, quer que o empresário Willians Paulo Mischur, que atualmente figura como vítima no processo  da Sodoma 2, passe a lista de réus na Operação. Rodrigo foi preso na Operação Sodoma 3, sob a suspeita de envolvimento na quadrilha suspostamente liderada pelo pai. Ele é acusado de também ter recebido propina no governo anterior. Ele foi preso no dia 26 de abril e solto em 1ª de junho após pagar fiança de R$ 528 mil.

 

Celly Alves

Bruno Alegria

 Advogado Bruno Alegria, defensor de Rodrigo Barbosa

Quando foi deflagrada a Operação 2, em março deste ano, a polícia encontrou aproximadamente R$ 1 milhão, na casa do empresário. Mischur ficou detido por três dias. Em depoimento, ele confessou ter pago cerca de R$ 17,5 milhões para a suposta organização liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para que pudesse manter o contrato da  Consignum com o Estado. A empresa faz o controle de empréstimos consignados contraídos pelos servidores do executivo estadual. 

 

Conforme contou o empresário em seu depoimento, na tarde desta quarta-feira (17), sua empresa tinha um faturamento médio de R$ 800 mil por mês, e pagava R$ 500 mil em propina para a organização. “Trabalhei de graça “, disse na oitiva.

 

O depoente ressaltou que continuou pagando as propinas porque tinha medo de todos da organização e que era constantemente pressionado e ameaçado, tendo pago algumas vezes até mais dinheiro do que o combinado.

 

Ele contou também que foi obrigado a assinar o contrato de compra do terreno na Avenida Beira Rio, no qual figura como um dos donos junto com o arquiteto José Costa Marques e o pai de Cezar Zilio, Antelmo Zilio (já falecido). “Eu fui muito pressionado, falaram que eu ia perder minha empresa, que eu ia perder tudo. Eu assinei sem saber de que se tratava”, afirmou.

 

Com base nos depoimentos, o advogado justifica o pedido para que o empresário seja incluído no banco dos réus. “A gente pediu porque gera um certo desconforto ver um indivíduo que confessa que agiu na ação de lavagem de dinheiro e está aqui sendo tratada como vítima, sem nenhum ônus. Então pedimos que o Ministério Público incluía o Willians Mischur como réu na lavagem de dinheiro”, explica o jurista.

 

Conforme a defesa, o empresário confessa claramente que sabia o tempo todo que se tratava de uma armação. “Ele deixou bem claro aqui que não foi coagido, como se pensava, pelo Cezar Zílio, para assinar o contrato do terreno”, ressaltou o advogado Bruno Alegria.

 

Perdimento de imóvel e quebra de delação de Cezar Zílio

 

Celly Alves

Leonardo Bassil e Victor Borges

 Os juristas Leonardo Bassil e Vistor Borges, que representam o acusado Silvio Correa

No final das oitivas desta quarta, o advogado do ex-assessor de Silval Barbosa, Silvio Correa, solicitou junto com os demais advogados que seja anulada a delação do ex-secretário Cezar Zílio, uma vez que, segundo o jurista, os fatos narrados pelo acusado são divergentes dos apresentados por outro delator.

 

“O arquiteto José da Costa Marques afirmou claramente que foi feita uma acareação pelo Ministério Público porque havia divergências nos depoimentos. Isso não existe. Se havia divergência na acareação alguém está mentindo. E se alguém está mentindo isto não é delação premiada”, enfatizou o advogado Victor Borges. “Dizer que você fez um lobby é bem diferente de afirmar que recebeu propina, que foi o que a testemunha disse aqui e fato que foi sonegado pelo senhor Cezar Zílio”, continuou. 

 

Outro ponto para qual o advogado Victor Borges chama a atenção é para a falta de pedido de "perdimento" da casa onde o acusado Cezar Zílio reside que foi construída pelo arquiteto José da Costa Marques. O profissional afirmou que recebeu cheques da empresa Consignum, repassados pelo ex-secretário para pagamento das despesas da construção.

 

“As pessoas estão se beneficiando de crimes. Um exemplo disso é o Ministério Público não ter formulado nenhum pedido de perdimento da casa de Cezar Zílio, que foi construída com dinheiro decorrente da Consignum e que é avaliada em R$ 5 milhões”, pontuou.

 

O advogado segue criticando a conduta no MPE alegando que o fato da obra ter sido paga com dinheiro de propina foi esquecido, pois os fatos narrados pelo arquiteto em seu depoimento dizem respeito apenas a compra do terreno, de R$ 13 milhões, na Avenida Beira Rio, e a residência foi “deixada de lado”.

 

“Bastou o senhor Cezar Zílio ir ao Ministério Público, dizer o que era conveniente e ir embora para sua casa, de R$ 5 milhões, construída com dinheiro do povo”, ressaltou.

 

Revogação da prisão preventiva de Silvio Correa

 

A defesa de Silvio pede também que seu cliente ganhe liberdade, visto que os argumentos que o mantinham preso não susbexistem, no entendimento do jurista. “Meu cliente foi preso porque o senhor Willians Mischur afirmou que ele era de alta periculosidade, porém disse aqui que supunha que ele era perigoso porque ouviu nos corredores. Disse também que temia por sua empresa, ele não fala que temia por sua integridade em relação ao Silvio”, disse.

 

Silvio usava tornozeleira eletrônica e cumpria medidas cautelares por conta das investigações decorrentes da Operação Sodoma quando foi detido em março.

 

 

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros