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Justiça Terça-feira, 13 de Junho de 2017, 11:29 - A | A

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Terça-feira, 13 de Junho de 2017, 11h:29 - A | A

CASO LEOPOLDINO

Advogado de Pieroni classifica prisão como "absurda" e irá recorrer ao STJ

PABLO RODRIGO

O advogado Carlos Frederick classificou como "absurda e arbitrária" a decisão do juiz da 7ª Vara da Justiça Federal, Paulo César Sodré, em determinar a prisão do seu cliente, o ex-delegado da Polícia Civil, Márcio Pieroni. Segundo o Frederick, a decisão foi de ofício e pegou todo mundo de surpresa.

 

Arquivo pessoal

Carlos Frederick

 O advogado Carlos Frederick é o responsável pela defesa do ex-delegado Márcio Pieroni

"A decisão pegou toda a defesa de surpresa. Um absurdo isso, tendo em vista que existe um recurso tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação a decisão anterior", disse o advogado ao Hipernoticias e garantindo que ingressará ainda hoje com um recurso ao STJ.

 

"Estou entrando ainda hoje com um pedido de efeito suspensivo dessa prisão sem explicação. Ele arbitrariamente decidiu sozinho", complementou.

 

De acordo com Carlos Frederick, logo após o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou a permitir o cumprimento da pena antes de se esgotarem os recursos, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contrário à prisão de Pieroni.

 

"O juiz Sodré pediu que o MPF se manifestasse sobre o caso devido ao entendimento do STF em prisão após condenação em segunda instância. O MPF se manifestou em cumprir o novo entendimento após o trânsito e julgado. Ou seja, foi contrário à prisão do Márcio Pieroni porque existe um recurso em andamento. E quando chega hoje, o meu cliente é surpreendido com um mandado de prisão", explicou.

 

Além do ex-delegado, os irmãos Josino e Cloves Guimarães, Gardel Ferreira de Lima e Abadia Paes Proença, foram presos nesta manhã de

Arquivo

marcio pieroni

 O ex-delegado Márcio Pieroni se encontra detido no Centro de Custódia da Capital (CCC)

terça pela Policia Federal. 

 

Caso Leopoldino do Amaral

 

Josino Guimarães foi preso na sua residência, em Rondonópolis (distante 220km de Cuiabá). Ele é acusado de ser o mandante da morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, executado no Paraguai em 1999. 

 

Segundo informou a Polícia Federal, todos os envolvidos são denunciados por  tentar montar e protagonizar uma farsa na tentativa de levantar suspeitas sobre a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, cujo corpo foi encontrado carbonizado em 1999, no Paraguai. Os mandados já foram cumpridos pela Polícia Federal nas duas cidades de Mato Grosso. 

 

O MPF também denunciou os envolvidos na suposta farsa pelos crimes de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideologica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não-autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura. Segundo as investigações, o grupo montou uma farsa para “provar” que Leopoldino ainda estaria vivo, para livrar Josino de um novo júri popular pelo mando do crime.

 

Farsa se dá desde 2006, denuncia MPF

 

Conforme as acusações do Ministério Público Federal, o ex-delegado Márcio Pieroni tentou por duas vezes afirmar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estava vivo, a partir das ligações com o empresário Josino Guimarães. Na primeira, em 2006, a ex-escrevente Beatriz Árias, condenada pela morte do magistrado, participou dos fatos que culminaram na primeira exumação dos restos mortais de Leopoldino. 

 

Segundo o MPF, Beatriz Árias compareceu no último em 2011 na sede da Procuradoria Regional da República para contar, de forma espontânea, como foi “montada a farsa” de 2006. O delegado havia procurado a ex-escrevente para que prestasse um depoimento sobre a morte na sede da Delegacia de Meio Ambiente – da qual era o titular. Este depoimento, conforme Beatriz disse ao MPF, aconteceu depois do expediente. 

 

Depois de vários anos de investigação, o MPF novamente abriu investigação sobre os envolvidos e dessa vez pediu a prisão. 

 

Assassinato de juiz tem repercussão nacional

 

O assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral é um dos crimes de maior repercussão na história recente de Mato Grosso. Seu corpo foi localizado no dia 7 de setembro de 1999 em Concepción, no Paraguai. Estava carbonizado e com várias perfurações de bala. 

 

Como o crime aconteceu em território estrangeiro, a Polícia Federal iniciou as investigações um dia depois. 

 

O empresário Josino Guimarães, que havia sido acusado por Leopoldino de atuar como lobista no Tribunal de Justiça, foi considerado suspeito desde o início. Três dias depois do crime, acabou preso pela PF. 

 

No dia 11 de setembro, a Justiça Federal decretou a prisão preventiva da então escrevente do Fórum de Cuiabá, Beatriz Árias, acusada de atrair o juiz para uma emboscada. Ela seria capturada apenas seis dias depois, na divisa do Brasil com o Paraguai. 

 

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