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Justiça Quarta-feira, 08 de Fevereiro de 2017, 16:15 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Fevereiro de 2017, 16h:15 - A | A

CASTELO DE AREIA

Vítima de golpe de João Emanuel diz que ora pelos réus e pela juíza

JESSICA BACHEGA

A juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, interroga nesta quarta-feira (08) as vítimas de um grupo que aplicava golpes em Mato Grosso, por meio da empresa Soy. Um dos líderes do esquema é o ex-vereador cassado João Emanuel.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

selma arruda

Selma interroga vítimas de supostos golpes aplicados por João Emanuel

O primeiro a prestar depoimento é o empresário Teiolor Seidler. Na audiência ele disse que teve um prejuízo de R$ 2 milhões ao cair no golpe. Dono da empresa Agro SS, contou ainda que buscava recursos, através de empréstimos, para investir na lavoura em Sinop e Sapezal.

 

Além do prejuízo em dinheiro, perdeu a safra na fazenda e foi obrigado a vender veículos e demitir funcionários.

 

Seidler disse que conheceu os réus Walter Dias e Marcelo Melo por intermédio de um conhecido em comum. Estes apresentaram propostas atrativas para a contratação do empréstimo que o empresário buscava.

 

"Os juros eram atrativos e a safra era a garantia. Eu teria Cinco anos para pagar. Mas tinha que dar uma contrapartida", relatou.

 

Arrolado pelo Ministerio Publico Estadual (MPE) como testemunha, o empresário afirma que depositou R$400 mil na conta do grupo para que eles abrissem uma outra conta no Deutch Bank, no Chile.

 

Após o depósito, a própria testemunha foi ao Chile para negociar com o banco a liberação do dinheiro. Mas ao chegar lá não encontrou a instituição financeira. "Não tinha banco. Não era o mesmo nome e não tinha nada do endereço", disse.

 

O empresário contou também que Walter Dias e Marcelo Melo sempre inventavam desculpas por causa do desencontro de informações. A vítima disse que voltou ao Chile, acompanhado de Walter, e novamente não conseguiu localizar o suposto banco.

 

"Eu já tinha depositado o dinheiro e queria recuperar o valor" disse. Depois o grupo ainda pediu mais R$ 400 mil como garantia do negocio. A testemunha não pagou e não foi mais atendida por Walter.

 

Quem atendia era Marcelo, que alegava problema na captação do recurso. Segundo Seidler, a cada reunião era uma justificativa diferente.                  

 

Segunda testemunha                    

 

A segunda testemunha a ser ouvida foi Edson Vieira, dono da empresa Criativa Construções. Ele conta que se reuniu com o ex-vereador João Emanuel e este se apresentou como presidente do Grupo Soy, que trabalhava com empréstimos junto a bancos internacionais e era usado para o esquema de golpes.

 

Na época, Edson buscava parceria para construção de um empreendimento no Amazonas para vender aos americanos. O empreendimento teria o valor de R$7 bilhões.

 

Caso entrasse no negocio, Edson lucraria 170 milhões. Em contrapartida, ele investiria 40 folhas de cheques que somavam R$50millhoes. A testemunha disse que o réu João Emanuel apresentou documentos e projetos que asseguravam a lucratividade da transação.               

 

HiperNotícias

Edson Vieira

 

Além do projeto no Amazonas, João Emanuel pediu ao empreiteiro novo projeto para um condomínio residencial em Cuiabá, com quatro torres de nove andares.                       

 

O contrato das transações foi analisado pelo contador da testemunha que julgou inconsistente o contrato e inseriu uma clausula em que o Grupo Soy teria que depositar 10% do valor investido como garantia para a testemunha.

 

Edson conta que nunca foi ate o Amazonas para averiguar a área do empreendimento nem o projeto que João Emanuel disse estar em elaboração.                       

 

O valor de 10% pedido pela testemunha ao Grupo Soy não foi depositado e o grupo pediu mais prazo. Até que foi apresentado a um chinês identificado como "Chen". A comunicação entre Edson e o chinês era intermediada por João Emanuel. O suposto chinês seria presidente do banco HSBC internacional.

 

Após a entrega do cheque, a relação entre Edson e João Emanuel mudou. O réu não atendia mais a vítima.                       

 

A testemunha ressalta que percebeu que tudo não passava de um golpe quando tentou descontar um cheque, de R$3 milhões, fornecido por João Emanuel e o cheque não tinha fundos.                       

 

Após o episódio, Edson pediu cancelamento dos cheques dados ao grupo Soy, alegando extravio. Nenhum dos cheques foi compensado e o prejuízo de Edson foi das taxas bancarias que somavam cerca de R$4 mil que foi devolvido a ele pelo Grupo Soy.

 

Ele reclamou junto ao presidente do Grupo Soy, Walter Dias, que disse que não sabia de nada, a principio. Mas depois contou que tinha chamado João Emanuel para trabalhar com ele e o ex-vereador só havia trazido problema.

 

Walter teria pedido que Edson "abafasse" o caso. A testemunha vítima conta que quer indenização de R$ 150 mil para reerguer sua empresa                       

 

Antes de finalizar o depoimento, Edson apresenta áudio em que Walter fala que se ele continuar insistindo em marcar reuniões e o ameaçando "vai sobrar para ele e para João Emanuel". No final, o empresário revela que ora pelos réus e também pela juíza Selma.0

 

Terceira testemunha

 

O último a prestar depoimento foi Gilson César do Nascimento, dono da empresa Material Fort. Ele contou que soube do grupo por meio de um fornecedor.

 

Disse que buscou empréstimos porque estava com dificuldades financeiras na empresa e não conseguia em bancos comuns porque havia restrições de crédito.

 

O empresário pleiteava um empréstimo de R$4 milhões. Para tanto ele teria que dar uma contrapartida de R$200 mil.

 

 

Após dois meses sem a liberação do valor, a testemunha informou que suspendeu os cheques. Ele disse que visitou a sede da empresa em Várzea Grande.

 

E chegou a pagar R$ 40 mil em dois cheques ao grupo. O valor nunca foi devolvido.

      

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