Alvo da terceira fase da Operação Rêmora, o empresário Alan Malouf, foi interrogado nessa sexta-feira (16), pelos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e apresentou uma lista de bens como garantia de ressarcimento aos cofres públicos no final do processo.
O Gaeco deve apresentar denúncia contra o empresário, que é sócio do Buffet Leila Malouf, na próxima segunda-feira (19).
Por meio de nota encaminhada à imprensa, a defesa de Alan Malouf afirmou que ele está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Lembrou ainda que no dia da deflagração da terceira fase da Rêmora, o empresário se apresentou espontaneamente à Justiça, que havia decretado o mandado de prisão.
Para os advogados isso representa um sinal de que ele “não irá atrapalhar qualquer investigação, bem como tem prestado as informações solicitadas para o esclarecimento dos fatos”.
O empresário Alan Malouf foi citado na delação do empreiteiro Giovani Guizardi, que denunciou que ele teria recebido 25% da arrecadação de propina cobrada pela organização criminosa liderada pelo ex-secretário de Educação Perminio Pinto (PSDB).
De acordo com o depoimento de Guizardi, Malouf teria investido R$ 10 milhões na campanha eleitoral do governador Pedro Taques e o dinheiro da propina repassada ao dono do Buffet Leila Malouf era para pagamento deste investimento.
O empreiteiro relatou ainda que entregou cerca de R$ 160 mil, em dinheiro para Malouf no banheiro do Buffet. Dinheiro este que ele disse ter sido dividido entre Alan Malouf e o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf.
O delator disse ainda que foi Alan que o convidou para fazer doação para a campanha para que ele pudesse “trabalhar” tranquilo e obtivesse vantagem junto ao governo do Estado.
Além desta Operação, o empresário foi conduzido coercitivamente na Operação Sodoma 4, onde é acusado de receber dinheiro da desapropriação do Bairro Jardim Liberdade, pelo qual foi pago R$ 31 milhões, dos quais R$ 15 milhões retornaram para a organização liderada pelo ex-governador Silval Barbosa.
Veja a nota da defesa na íntegra:
A defesa de Alan Malouf informa que o empresário prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (16), na sede do Gaeco, e que foi importante para poder exercer seu direito constitucional de ampla defesa.
Como o processo corre em segredo de justiça, o teor do depoimento é sigiloso e as manifestações da defesa ocorrerão somente nos autos do processo.
O empresário já apresentou bens como forma de garantir o juízo para eventual ressarcimento, até que se encerre o processo.
Reiteramos que desde o inicio das investigações ele está à disposição das autoridades, tendo, inclusive, se apresentado espontaneamente para o cumprimento da decisão que determinou sua prisão, demonstrando que não irá atrapalhar qualquer investigação, bem como tem prestado as informações solicitadas para o esclarecimento dos fatos.
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