O exame de necropsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que o detento Paulo Cesar dos Santos, conhecido como “Petróleo”, morreu por estrangulamento. A informação foi recebida pelo HNT / HiperNotícias na manhã de terça-feira (19).
O laudo do exame, segundo informações, saiu nesta semana, pouco mais de 20 dias depois da constatação da morte do presidiário. Petróleo foi encontrado morto no dia 27 de outubro, no banheiro da cela 21 da Penitenciária Central do Estado (PCE), maior unidade carcerária de Mato Grosso.
São suspeitos de terem cometido o crime, Luciano Mariano da Silva, conhecido como Marreta, Baltazar Luz de Santana (que pode ter outro nome, Baltazar Leandro Pereira Neto), além de Pedro Paulo Ferreira Pinheiro e Sidney Bittencurt, conhecido por “Fuzil”. Eles dividiam a cela com Petróleo no dia da morte da vítima.
Em um primeiro depoimento, realizado dois dias após a morte de Petróleo, Marreta negou à delegada Eliane Moraes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que tivesse participado do assassinato. À autoridade policial, Luciano alegou que estava dormindo no momento da morte e que quando acordou viu o colega de cela pendurado por um lençol junto a grade do banheiro, na cela 21.
No entanto, na segunda-feira (18), Marreta pediu para ser ouvido novamente pela Polícia Civil. Ao delegado Caio Albuquerque, que substitui Eliane que atualmente está de férias, ele foi enfático ao confessar o crime: “Quem matou fui eu”.
Acompanhado de seu advogado, Rafael Winck do Nascimento, Marreta conta, que dois dias antes da morte de Petróleo foi para uma audiência da “Operação Assepsia”, no Fórum de Cuiabá, em que ambos respondem por tentarem colocar 86 celulares na unidade penitenciária.
O criminoso disse ao delegado que uma das testemunhas disse coisas que apenas Petróleo sabia. Essas coisas seriam crimes que Marreta havia ordenado para que criminosos, em liberdade, executassem.
Diante disso, no caminho de volta à penitenciária, Marreta questionou Petróleo se ele estaria lhe entregando aos policiais da Rotam. A vítima teria se limitado a dizer: “Depois da visita (no sábado-26), a gente conversa”.
Marreta teria entendido a mensagem de Petróleo como uma ameaça e durante os dois dias, ambos começarem a se encarar como inimigos. No dia do crime, Marreta disse que percebeu que a vítima estava o encarando de forma diferente.
Diante disso, Marreta disse que esperou todos dormirem e por volta das 23 horas, foi próximo ao boi (termo usado para se referir a banheiro) com o lençol da sua cama e um vidro de perfume. Logo depois, foi até a cama de Petróleo e asfixiou a vítima. O suspeito disse ainda que usou técnicas de artes maciais para imobilizá-lo.
Depois de "apagar" a vítima, Marreta disse que, sozinho, a arrastou e a pendurou no lençol. O suspeito foi categórico em dizer que os outros detentos estavam dormindo e não tiveram participação no homicídio.
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