Em depoimento à delegada Eliane Moraes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o detento Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, negou que tenha participação no assassinato do presidiário Paulo César dos Santos, o “Petróleo”, ocorrida na Penitenciária Central do Estado (PCE), no último domingo (27).
Na oitiva realizada na manhã desta terça-feira (29), "Marreta" alegou que estava dormindo no momento da morte de Petróleo e que quando acordou viu o “parceiro” de cela pendurado por um lençol junto a grade do banheiro, da cela 21.
Também deverão ser ouvidos, Baltazar Luz de Santana (que pode ter outro nome, Baltazar Leandro Pereira Neto), além de Pedro Paulo Ferreira Pinheiro e Sidney Bittencurt, conhecido por “Fuzil”. Eles dividiam a cela com "Petróleo" no dia do crime e são apontados pela Polícia Civil como os suspeitos do crime.
No dia da morte de Petróleo, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) isolou "Marreta" dos outros presidiários. A medida, segundo a Sesp, serve para preservar a integridade física do suspeito. A cela, no entanto, não foi informada ao HNT/HiperNotícias, por motivo de segurança.
Detidos em operação
"Marreta" e "Petróleo" foram presos na “Operação Assepsia”, deflagrada no mês de maio deste ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). A ação policial investigou os dois detentos, o antigo diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa, o então subdiretor Reginaldo Alves dos Santos e mais três policiais militares por tentaram colocar 88 celulares na unidade penitenciária.
Durante as investigações, alguns dos envolvidos relataram que "Petróleo" repassava informações aos policiais sobre ações criminosas do Comando Vermelho em Mato Grosso. Em troca, "Petróleo" recebeu um freezer que seria realocado em sua cela. No entanto, o aparelho estava “recheado” de celulares. Os agentes públicos alegam que não sabiam que o refrigerador escondia os aparelhos telefônicos.
Alan Cosme/HiperNoticias
Delegada Eliane Moraes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Na época, a informação de que "Petróleo" seria “X9” (termo usado para referir a delatores no mundo do crime) teria chegado aos líderes da organização criminosa. No entanto, ele teria negado a informação e o testemunho do faccionado foi “aceito” pela facção.
No entanto, na última sexta-feira (25), um dos réus no processo da Operação Assepsia prestou depoimento e relatou que "Petróleo" teria cooperado na apreensão de, pelo menos, 20 armas que estavam em posse do Comando Vermelho.
A morte de Petróleo está sendo investigada pela Polícia Civil, mas até a publicação da matéria, nenhum dos detentos havia sido responsabilizado pela morte do presidiário.
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