Os trechos intermediários e longos da curva a termo, por sua vez, avançaram seguindo o exterior, e também afetados por leilão do Tesouro com oferta relevante de títulos prefixados realizado nesta quinta.
Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 avançou de 13,835% no ajuste anterior a 13,925%. O DI para janeiro de 2028 aumentou de 13,161% no ajuste a 13,240%. O DI para janeiro de 2029 subiu de 13,121% no ajuste de ontem a 13,195%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,480%, vindo de 13,419% no ajuste da véspera.
Publicado nesta tarde, o Caged contrariou expectativas de desaceleração adicional do mercado de trabalho, ao apontar abertura de 213.002 vagas com carteira assinada em setembro, ante estimativa mediana de 169 mil postos apontada pelo Projeções Broadcast. Todos os cinco grandes agrupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos no período, com destaque para o setor de serviços, que abriu 106.606 postos. A indústria ficou em segundo lugar, com saldo positivo de 43.095 empregos celetistas.
Economista-chefe do banco BMG, Flávio Serrano avalia que a abertura dos DIs na segunda etapa do pregão, que vinha na esteira do aumento dos rendimentos dos Treasuries, foi acentuada após os números mais recentes do mercado de trabalho formal, que foram robustos.
A precificação da curva para cortes na Selic, no entanto, pouco mudou em razão do indicador, pondera Serrano. A taxa básica apontada para o final de 2026 subiu de 12,75%, antes da publicação do dado, para 12,80%. A curva mostrava 62% de chance de redução de 25 pontos-base da Selic em janeiro depois do Caged, ante 65% pela manhã.
Nos cálculos com ajuste sazonal do banco Daycoval, a criação de postos com carteira assinada acelerou marginalmente, de 81 mil a 82 mil vagas considerando a métrica da média móvel trimestral. Segundo a instituição, mesmo com a abertura mais forte na leitura de setembro, o cenário ainda é de perda de ímpeto do mercado de trabalho, processo que está no início.
Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o Caged representou um vetor adicional de impulso aos DIs, mas o mercado ainda ajustou posições após o discurso desta quarta-feira do presidente do Fed, Jerome Powell, que colocou em xeque a perspectiva de uma redução adicional da taxa básica dos EUA no último mês do ano. "O mercado tinha ficado muito animado após o evento de Jackson Hole", lembra Cruz, quando o comandante do Fed deu a entender que haveria três cortes nos Fed Funds em 2025, sendo o último em dezembro. "A fala de ontem foi uma surpresa negativa".
No âmbito fiscal, o mercado acompanhou o desenrolar do Projeto de Lei Nacional (PLN) 1/2025, aprovado nesta quinta de forma simbólica pela Câmara e pelo Senado. O texto propõe mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 para permitir que a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que ganham até R$ 5 mil valha por tempo indeterminado. O projeto também inclui um trecho para que a execução da meta fiscal possa ser alcançada pelo piso. "O mercado está bem menos atento à questão fiscal e empurrando o debate para 2027, mas não é possível afirmar que o fiscal não vai fazer preço ainda este ano", pondera Cruz, da RB.
(Com Agência Estado)
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