"Certamente não somos um dos grandes participantes dessa primeira rodada, estamos testando os fluxos de colateralização. Uma vez testados os fluxos, nosso objetivo é acelerar, e acelerar bastante bem", disse o diretor Financeiro da fintech, Guilherme Lago.
Ele não informou os números de concessões feitas pelo Nubank. Em relatório divulgado nesta terça-feira, 13, o Citi afirmou que o Nubank concedeu até agora R$ 4 milhões no produto, cifra distante da feita por Banco do Brasil, Caixa, Pan, Inter e Itaú, que têm liderado a corrida pelo produto nas primeiras semanas.
De acordo com Lago, o Nubank já tem oferecido aos clientes que têm carteira assinada e contrataram crédito pessoal uma troca de dívida para a nova linha, que é mais barata justamente por ter garantia. Ele minimizou os riscos para a lucratividade da fintech dessa canibalização de produtos, afirmando que o menor risco e o tamanho do mercado devem tornar o novo consignado mais lucrativo.
"A nossa hipótese é que o efeito negativo na nossa carteira de crédito pessoal vai ser bem pequeno, e mais do que compensado pelo aumento do mercado", afirmou o executivo. Na visão de analistas, o Nubank tende a ser um dos nomes mais afetados no setor, pelo menos no curto prazo.
O novo consignado permite aos bancos e fintechs acessarem os dados das folhas de pagamento das empresas mesmo que não tenham convênios com elas, o que na prática elimina a principal barreira de crescimento do produto, que antes dependia de contratos bilaterais.
"A estrutura do crédito consignado permite acessarmos o cliente e darmos o crédito a ele de maneira tão benéfica quanto um banco incumbente. Isso nos abre um bolsão de oportunidades muito grande para trabalharmos com crédito para o público CLT", afirmou Lago. Ele estima que 70% da população brasileira com carteira assinada seja cliente do Nubank.
(Com Agência Estado)
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