De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção ficou em 52,6 pontos em julho. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos; valores acima de 50 pontos indicam aumento da produção em relação a junho.
Já o índice de evolução do número de empregados ficou em 49,3 pontos no mês passado, ou seja, abaixo da linha dos 50 pontos, indicando queda contingente de trabalhadores.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu estável em julho, em 71%, mesmo porcentual de junho. A UCI também foi idêntica ao índice verificado em julho de 2024 e 2 pontos porcentuais superior ao registrado em julho de 2023 (69%).
Com relação aos estoques, eles permaneceram praticamente inalterados frente a junho. O índice de evolução dos estoques ficou em 50,1 pontos no mês, ligeiramente acima da linha dos 50 pontos. Já o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 49,9 pontos em julho. "Próximo à linha de 50 pontos, o índice do mês revela que os estoques se encontram ajustados conforme o planejado pelos empresários industriais", destaca a sondagem.
Expectativas
Os índices de expectativa de demanda, quantidade exportada, compra de insumos e matérias-primas e número de empregados da indústria recuaram em agosto. Com essa queda, a Sondagem mostra que as expectativas de número de empregados e quantidade exportada se tornaram negativas no mês.
O índice que mede a expectativa de exportações da indústria para os próximos seis meses recuou 5,1 pontos em agosto, para 46,6 pontos. Com o indicador abaixo da linha de 50 pontos, a sinalização é de que os empresários esperam queda na quantidade exportada pelo setor. Esse sentimento não ocorria havia 21 meses, segundo a CNI, desde novembro de 2023.
"A piora das expectativas de exportações da indústria estão muito relacionadas às incertezas do cenário externo, principalmente em função da nova política comercial americana", afirma a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi. Desde o início de agosto, quase metade da pauta exportadora brasileira para os Estados Unidos está sujeita a uma tarifa de 50%.
Com relação ao índice de expectativa de número de empregados, ele caiu para 49,3 pontos, indicando que os empresários acreditam que a quantidade de postos de trabalho no setor não deve subir nos próximos seis meses.
Já o índice de expectativa de demanda ficou em 53,1 pontos em agosto, um recuo de 2,3 pontos em relação a julho. O índice de expectativa de compras de insumos e matérias primas ficou em 52,1 pontos, um recuo de 1,6 ponto. "A despeito dos recuos, os indicadores permaneceram acima da linha divisória de 50 pontos, revelando expectativa de crescimento para os próximos meses", destaca a CNI.
A intenção de investimento da indústria também recuou em agosto. O indicador que mede essa intenção ficou em 54,6 pontos, uma queda de 1,6 ponto em relação a julho. Com o recuo, o índice atingiu o menor valor desde outubro de 2023, quando ficou em 54,5 pontos.
A Sondagem Industrial foi feita entre os dias 1º e 12 de agosto, com 1.500 empresas, sendo 601 pequenas, 518 médias e 381 grandes.
(Com Agência Estado)
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