"Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual", afirmou o Copom, no comunicado da decisão desta quarta-feira. Agora, o colegiado vê três riscos em cada direção no balanço - antes, eram três para cima e dois para baixo.
O risco para baixo adicionado diz respeito a uma possível "redução nos preços das commodities, com efeitos desinflacionários", segundo o comunicado.
Entre os riscos de baixa, o Copom mencionou uma eventual desaceleração doméstica mais forte. Também citou a possibilidade de desaceleração global mais forte, "decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza."
Nos riscos de alta, o comitê citou: a desancoragem das expectativas por período mais prolongado; maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
O comitê aumentou nesta quarta-feira a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75%, em linha com as expectativas do mercado. No comunicado, afirmou: "essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante."
(Com Agência Estado)
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