Em documento assinado pelo presidente Ricardo Alban, a entidade industrial brasileiro disse que o embaixador Roberto Azevedo poderá depor em nome da CNI perante o Comitê da Seção 301.
"O depoimento do Embaixador Azevedo na audiência deixará claro que o Brasil não adotou atos, políticas ou práticas injustificáveis e que o comércio dos EUA não foi prejudicado ou restringido pelos supostos atos, políticas ou práticas identificados pelo USTR no Aviso do Registro Federal que deu início à investigação atual", diz a CNI. "Seu depoimento também demonstrará que os Estados Unidos e o Brasil mantêm há muito tempo uma relação comercial mutuamente benéfica e que quaisquer medidas restritivas ao comércio tomadas sob a Seção 301 colocarão em risco as fortes e confiáveis cadeias de suprimentos que promovem o crescimento econômico e a prosperidade em ambos os países", completa.
Acusações
Na investigação, o USTR acusa o Brasil em seis temas: acesso ao mercado de etanol do Brasil, desmatamento ilegal, falhas na fiscalização de medidas de anticorrupção, tarifas preferenciais injustas, proteção da propriedade intelectual e políticas relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, o que inclui o Pix. Na defesa, o governo vai contestar os argumentos americanos.
Diversas associações já protocolaram resposta no órgão americano nos últimos dias, considerando as investigações injustas. Entre elas, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), e Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
Nesta segunda, a Embraer também apresentou seu comentário, sustentando que a imposição, pelo governo americano, de restrições à importação da empresa área seria "diretamente contrário aos interesses" dos próprios norte-americanos.
A resposta completa do governo brasileiro também é aguardada para esta segunda-feira, último dia do prazo para defesa.
(Com Agência Estado)
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