O governo Silval Barbosa (PMDB), “é um fora-da-lei, que não aplica aquilo que manda a Constituição com relação à Educação”.
A afirmação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, após mais uma dia sem êxito nas negociações pelo fim da greve da categoria, que já avança para seus dois meses de paralisação e que prejudica quase meio milhão de alunos.
A crítica do sindicalista é referente à Constituição do Estado, que prevê aplicação de até 35% do orçamento em Educação e que não é cumprido.
O governador Silval Barbosa (PMDB) frustrou, nessa quarta-feira (2) todas as expectativas de um desfecho feliz para o a greve dos servidores da Educação.
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Essa distorção, ainda conforme o sindicato deve ser corrigida já a partir de 2013, diferente do que propõe Silval, que quer dobrar o poder de compra dos professores em 10 anos, mas com reajuste só a partir do ano que vem.
“O governo não tem como avançar mais nada, não. Não tem dinheiro, não tem condições de assumir um compromisso que não possa cumprir depois”, disse ao HiperNotícias o presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB), que esteve nessa terça-feira com o secretário de Administração, Francisco Faiad e com o próprio governador.
Sobrou para os deputados Jota Barreto (PR) e Alexandre César (PT) a missão de passar a notícia ruim aos sindicalistas, numa reunião na sala da Presidência do legislativo.
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Sob orientação da Secretaria de Administração, o Executivo ameaçou, na nota, cortar o ponto de quem não retornar às salas de aula e também a rescisão dos contratos probatórios, relacionados aos estagiários que prestam serviços ao governo na área da Educação.
“Eu nunca vi tanta besteira escrita em tão pouco espaço de texto e da mesma forma que essa nota pode causar medo nos servidores, ela pode provocar uma radicalização ainda maior, com proporções imensuráveis do ponto de vista do movimento”, avaliou o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes.
Ao menos teoricamente as negociações ainda estão abertas, apesar da negativa do governo em ceder às reivindicações.
Silval Barbosa viaja nessa quinta-feira (3), vai deixar seus secretários com a determinação de não procederem nenhuma outra versão oficial, diferente da que já foi anunciada, ou seja, a de que o Estado não teria como arcar com um impacto de cerca R$ 250 milhões na folha de pagamento da Educação se os efeitos da proposta do Executivo tivessem efeito já em 2013.
O governador, porém, “ficou de pensar” ainda ontem á noite e, caso mudasse de ideia ou encontrasse uma outra saída para o impasse, comunicaria nessa quinta pela manhã, por telefone, aos deputados da Assembleia.
Os grevistas prometem pressionar novamente os parlamentares na sessão ordinária matinal dessa quinta-feira.
O que há, conforme o líder do governo na Assembleia, Jota Barreto (PR), é a disposição de Silval Babosa enviar para o legislativo, “depois que os professores retornarem às salas de aula’, a mesma proposta oficial que fez aos educadores, ou seja, a de dobrar o poder de compra da categoria em 10 anos, a partir de 2014.
Sobre a crítica de Henrique Lopes, que chamou Silval de fora da lei, Jota Barreto indagou “qual o governo estadual desse país, gasta mais de 25%? Nenhum e Mato Grosso, com essa proposta que apresentou poderá chegar a 27%, a Constituição prevê que pode chegar até 35%”.
O Sintep realiza sua assembleia-geral para decidir os rumos da greve, nessa sexta-feira (04).
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Sonia B, 03/10/2013
Fayad negociando com a educação. Vai resolver o quê?
Esmeralda Borges Santana 03/10/2013
Companheiros da Educação, vamos nos articular através das Redes Sociais e criar um Movimento para reprovar nas urnas, em 2014, todos aqueles que se aliarem ao Silval Barbosa (PMDB), ao Faiad (PMDB)e ao Ságuas Moraes (PT)... Quem topa essa parada?
2 comentários