O secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, informou a pouco que deixou de lado o projeto da Arena Pantanal elaborado em 2009 e pretende agora comprar cadeiras para o estádio semelhantes as que foram adquiridas para o Estádio Mané Garrincha, de Brasília. Para isso, determinou o cancelamento da licitação das cadeiras.
No início da entrevista coletiva concedida nesta tarde, o secretário explicou que a primeira cadeira adquirida considerava o projeto da Arena e por isso, tinha um valor tão diferente do mobiliário de outros estádios. “Quando fizemos o processo licitatório, nos levamos em consideração uma especificação de projeto que levou em consideração um modelo de cadeira que segundo o projetista era o mais adequado para Arena Pantanal”.
No entanto, ao ser questionado pelo HiperNoticias, se uma nova aquisição de cadeira semelhante ao do Mané Garrincha não destoaria do projeto original do estádio, o secretário demonstrou que o que importa, no momento, é abafar a polêmica das cadeiras.
“Vamos ser práticos, né? O que está buscando é se comprar algo parecido com Mané Guarrincha. É isso que será comprado”, disse um contrariado Maurício em entrevista coletiva à Imprensa.
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Isto porque, no comparativo, o assento do Distrito Federal é 2,5 vezes mais barato que do Estado. Enquanto Mato Grosso pagaria R$ 367 a unidade, Brasília desembolsa R$ 175.
A notificação dos MPE e MPF estabelecia que em um prazo de 24 horas, o secretário deveria se pronunciar sobre acatar as recomendações dos Ministérios. O documento foi assinado pelos promotores de Justiça Clóvis de Almeida Júnior e Carlos Eduardo Silva e o procurador da República, Douglas Guilherme Fernandes.
Segundo consta, os integrantes do Grupo Especial de Fiscalização do Planejamento e Execução da Copa do Mundo de Futebol (Geacopa) não concordaram com as explicações do secretário Maurício de que a cadeira da Arena possui qualidade superior.
Além disso, o Gaecopa apontou possível direcionamento de licitação, já que o edital teve seu Plano de Trabalho alterado e terminou com a participação de apenas a empresa Kango Brasil no certame, cuja proposta vencedora foi de R$ 19,4 milhões.
No entanto, o secretário reiterou que não existe superfaturamento ou sobrepreço apontado nas denúncias, já que as especificações do assento da Arena Pantanal não são os mesmos de outros estádios e por isso, não poderiam ser comparadas.
“Há um preço de mercado para uma cadeira daquela qualidade e especificações que foi comprado. Por recomendação do MP, mesmo reconhecendo que não há ilegalidade no processo, tanto pelo Ministério Publico quanto pela Auditoria, nos resolvemos acatar a recomendação do MP”, aponta.
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“É evidente que provavelmente, eles vão buscar o seus direitos, já devem ter feito vários investimentos. Mas a principio, o processo vai ser nulo”, afirma.
A nova licitação ocorrerá por meio de pregão presencial lançado ainda nesta semana, segundo o secretário. A expectativa é que o certame aconteça em oito dias para evitar mais atrasos na Arena Pantanal.
“É um tempo escasso. Vamos definir em edital que quem participar vai ter que entregar o material até dia 20 de dezembro. É uma condição de edital”, assevera.
O pregão vai especificar a aquisição de uma cadeira “igual à cadeira comparada de Brasília” e ainda não há previsão de qual o novo valor para compra do mobiliário.
(Atualizada às 19h21)
Carlos Nunes 03/10/2013
Esse pessoal da Copa nunca viu tanto dinheiro; só esquecem que é 100% PÚBLICO. Não estão fazendo economia em nada - se puderem gastar mais, vão gastar; isso é resultado da intromissão na soberania nacional da FIFA, ao criar o sistema diferenciado de contratações, que é um prato cheio para aumentar a corrupção e pagamento de propinas. Não é a toa que o Jornal da Record, mostrou que tanto ex-presidentes da CBF, como da FIFA está sendo processados por corrupção. Ainda bem que os MP estadual e federal; os TC; estão de olho bem aberto e não vão admitir nenhuma irregularidade. Segundo o Marcelo Resende, o BNDES e a Caixa estão emprestando para a Copa muito dinheiro; suficiente para melhorar muito a Saúde, a Educação, a Segurança; e consequentemente endividando os Estados sedes; compromentendo governos futuros que terão que pagar a conta; ou seja, no final seremos nós que teremos que pagar tudo.
marcos dial 02/10/2013
Poderiam me dizer se Maurício Guimarães é aquele mesmo que foi preso no caso da oficina?
Marcelo Mattos 02/10/2013
E pensar que existem “grandes pensadores” e defensores das obras da copa que chamam cuiabanos de indolentes que aceitam qualquer coisa e outros que elogiam os cuiabanos que não estariam entre os que não acreditam que haja maracutaia, com o claro e confessado objetivo de pichar aqueles que combatem as estripulias que estão sendo cometidas em todas as fases e níveis nas obras da copa, como se fosse mera vontade de ser do contra. Abram os olhos que são escândalos em cima de escândalos e ainda se prestam a criticar aqueles que desde o inicio alertam para as essas irregularidades denunciadas como se coniventes fossem, comprovadas que estão sendo por mais esse escândalo nacional.
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