O que era para ser apenas um atraso se transformou em um livramento para seis profissionais liberais da área de bronzeamento e estética de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Vera e Nova Ubiratã. Elas voltavam de um congresso em Brasília e planejavam embarcar no ônibus da Rio Novo Transportes que saiu de Cuiabá na última sexta-feira (8), às 16h, e que, poucas horas depois, se envolveria em um trágico acidente na BR-163, próximo a Lucas do Rio Verde, deixando 11 mortos e mais de 40 feridos.
O grupo estava a caminho da capital, mas, ao parar em Rondonópolis, uma das participantes, moradora de Lucas do Rio Verde, decidiu ficar na cidade e acabou levando, por engano, a mala de outra colega. Para devolver, pediu que as amigas aguardassem no ônibus alugado. A espera atrasou a viagem e, para completar, o pneu do carro de aplicativo que a traria de volta furou, empurrando ainda mais a chegada a Cuiabá.
Com o imprevisto, elas perderam a chance de comprar passagens para o coletivo das 16h. Cinco mulheres embarcaram no ônibus seguinte, às 17h30, e a bronzeadora de Cláudia seguiu no das 21h. “Era Deus nos segurando”. A empresária Tatiane Lima, de Sinop, admitiu que a frustração inicial foi grande, já que todas tinham compromissos. Mas a sensação mudou completamente ao saber da tragédia. “Quando percebi que poderíamos estar naquele ônibus, entrei em crise. Deus estava me livrando e eu insistindo em chegar antes”, contou emocionada.
Durante o trajeto, apenas um celular tinha internet, e por ele as passageiras conseguiram avisar familiares que estavam bem. Já Isabel Lira, de Cláudia, que viajou sozinha no ônibus das 21h, disse que também quis trocar para o das 16h. “Nada deu certo e, ao mesmo tempo, deu. Foi um milagre. Quando cheguei perto do local do acidente e vi uma das meninas que era para estar naquele ônibus, meu coração disparou. Nós todas fomos salvas por causa desses atrasos”.
O ACIDENTE
O ônibus havia partido de Cuiabá com destino a Sinop. Por volta das 21h40, invadiu a pista contrária em uma curva e colidiu de frente com um caminhão bi-trem carregado com caroço de algodão. A colisão deixou 11 mortos, incluindo o motorista do coletivo, e dezenas de feridos.
Com informações Só Notícias
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