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Cidades Quarta-feira, 21 de Setembro de 2016, 15:43 - A | A

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Quarta-feira, 21 de Setembro de 2016, 15h:43 - A | A

EXCLUSIVO

"Quero que ele apodreça na cadeia", diz mãe da menina de dois anos morta pelo pai

MAX AGUIAR

“Eu quero que ele apodreça na cadeia. Ele nunca terá meu perdão e acho que nem o de Deus”. A declaração, carregada de choro e dor, é de Ana Paula Taveira dos Santos, 19 anos, mãe M.C.S.S. dois anos, que foi morta após ser espancada pelo pai, que para ocultar o corpo embalou o corpo da menina em uma caixa de papelão e depois jogou em uma região de área verde em Primavera do Leste (distante 225km de Cuiabá).

 

Reprodução/HiperNoticias

mae de primavera

Ana Paula falou com o HiperNotícias e disse que prefere nem ver o autor da morte de sua filha

O crime, que chocou pela forma fria em que o pai da criança, Lenílson Barbosa de Souza, 25 anos, com a ajuda da madastra, Kátia Cristina de Almeida Lopes, 27 anos, ocorreu no dia 7 de setembro passado. Porém, o casal foi preso no dia 18 na cidade de Água Boa, onde mora Ana Paula, que tinha deixado a menina desde o final do mês de julho na casa do pai.

 

“Ele me ligou e disse que queria ficar um tempo com nossa filha. Ela sempre morou comigo e às vezes ficava com ele no fim de semana. Ele nunca fez nada contra ela, nunca teve nenhum ato nervoso enquanto namorava comigo. Eu jamais pensei que ele aprontaria tal brutalidade da forma que fez”, comentou.

 

Na semana do homicídio, Ana Paula conversou com a filha pelo aplicativo WhatsApp, via mensagem de voz, e em seguida pediu uma foto. Nesta imagem, a mãe percebeu que a filha estava com olho roxo. “Eu falava com ele e com a minha filha. O pai dela falava e ela repetia. Ai pedi uma foto e ele mandou. A menininha era branquinha e eu percebi que o olho tava roxo. Ao perguntar pro Lenílson o que tinha acontecido, respondeu: tinha caído no banheiro”, contou a mãe.

 

Ana Paula disse que no dia 9, quando já tinha acontecido o crime, ela ligou para o pai da criança e ele disse que a menina estava no cinema com a madrasta. Depois disso, o pai só voltou a falar com a ex, no sábado (17), afirmando que a criança estava desaparecida devido um rapto que ocorreu numa feira em Goiânia. Desesperada, a mãe acionou a polícia.

 

 

PJC

pai e madrasta

Kátia e Lenílson embalaram o corpo da menina de dois anos e depois deixaram em área verde

“Eu acionei a polícia, pois minha filha estava desaparecida. A delegada ligou em Goiânia e nada foi encontrado. Por incrível que pareça, 24h depois que liguei para Lenílson me contou do falso sequestro, ele chegou em Água Boa com a mulher dele e logo foi preso”, disse Ana Paula.

 

Na delegacia, Ana Paula disse que ficou de frente com o ex-namorado. Conforme ela, perguntou o que tinha acontecido. “Na frente dos policiais, eu já muito nervosa, perguntei sobre a M. ele disse que ela tinha caído do caminhão de mudança e abaixou a cabeça. Não chorava e nem demonstrava nada. Muito menos a madrasta da minha filha. Depois, ele foi para a sala de interrogatório e acabou confessando que tinha feito um crime que destruiu parte de minha vida”, disse a mulher com exclusividade ao HiperNotícias.

 

“Eu quase caí e fui amparada por familiares. Minha filha sempre sorridente, falava papai, mamãe, titia, vovô, e morreu de maneira covarde. Ela foi assassinada e jogada fora, como se fosse um papel amassado. Não existe nada que ampara minha dor nesse momento. Eu só preciso me manter firme porque tenho outro filho de dez meses que depende totalmente de mim”, desabafou.

 

Questionada sobre perdão, Ana Paula foi enfática em dizer que jamais perdoará o “monstro”, como ela define Lenílson. “Eu quero que ele apodreça na cadeia. Ele nunca terá meu perdão e acho que nem o de Deus. Ele é monstro, monstros existem sim e são disfarçados de homens. Ele jamais receberá meu perdão e tem que morrer na cadeia”, afirmou a mulher.

 

PJC

delegada luciana Canaverde

Caso está sendo investigado pela delegada Luciana Canaverde

Ana Paula ainda clama para poder enterrar a filha. Devido o estado avançado de decomposição que a criança foi encontrada, o corpo foi trazido para Cuiabá, onde passará por exames de DNA e após finalizar a necropsia será transladado para Água Boa, onde deve ser enterrado. “Preciso enterrar minha filha aqui perto de mim“, comentou a mãe.

 

O crime

Lenílson, no dia 7 de setembro, teria espancado a menina porque ela teria defecado em cima do seu colchão. Ele, após perceber que a menina se machucou na cabeça, ainda deu remédio para menina, que após algumas horas acabou morrendo.

 

Com ajuda da esposa, ele colocou o corpo da filha dentro de um saco e a colocou numa caixa e deixou dentro da casa onde residiam, em Primavera do Leste. Em seguida, foram para fazenda onde Lenílson trabalhava como vaqueiro.  

 

Três dias depois, ele voltou para a casa em Primavera e por conta do mau cheiro, resolveu jogar a "embalagem" em uma região de área verde. Eles retornaram, lavaram a casa e as roupas da criança e em seguida fugiram para Goiânia. De lá, ligaram para a mãe da menina e disseram que ela estava desaparecida. De imediato, a mãe logo registrou um boletim de ocorrência e começaram as buscas pela criança.

 

Na delegacia, após a madrasta confessar e detalhes do crime, foi indicado o local em que estava o corpo. A causa principal da morte seria um trauma no crânio.

 

“Indiciei ambos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Aguardamos detalhes da perícia para dar continuidade no inquérito”, concluiu a delegada Luciana Canaverde.   

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