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Cidades Quarta-feira, 27 de Abril de 2016, 08:10 - A | A

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Quarta-feira, 27 de Abril de 2016, 08h:10 - A | A

OPERAÇÃO MERCENÁRIOS

Prisões de policiais não espanta secretário; "em MT temos até ex-governador preso"

MAX AGUIAR

Uma das maiores operações para desmantelar quadrilhas criminosas, responsáveis por chacinas, crimes de mando e principalmente pistolagens na região metropolitana de Cuiabá, a Operação Mercenários, que prendeu 17 pessoas, entre eles seis policiais, não espanta o quadro geral da Secretaria de Segurança Pública.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

DHPP

Grupo de extermínio foi preso na manhã de terça-feira; ao total, 17 homens foram detidos

Segundo o secretário Rogers Jarbas, não houve nenhum tipo de choque ou espanto ao saber que policiais faziam parte de um grupo de extermínio, que era um verdadeiro esquadrão da morte em Várzea Grande. Para o executivo, Mato Grosso tem ex-deputado, ex-governador e desembargador preso, o que causa maior espanto.

 

“Quem atua na Secretaria de Segurança Pública de forma científica, nunca se espanta com o autor, porque o ser humano pode estar em qualquer lugar. Hoje temos magistrados presos, ex-governadores, ex-secretários, então que diferença existe? Estamos colocando um policial abaixo dos outros? Não. O policial é um ser humano antes de tudo. Não houve choque nenhum, a prisão de um ex-governador espanta mais”, disse o secretário.

 

Para completar seu raciocínio, Jarbas ainda frisa que basta ser pessoa para cometer um crime. “Qualquer ser humano pode praticar crimes. Agora, excepcionalmente, foram policiais, mas estão sendo responsabilizados. A prática do crime precisa de um crime exige um ser humano para executá-la. Portanto, não existe um choque, não estamos espantados. Nós não estamos preocupados com isso. Simplesmente adotamos as medidas necessárias e vamos responsabilizar quem tiver de ser responsabilizado. Assim como por outro lado, políticos estão sendo”, frisou.

 

Lenine Martins - Sesp-MT

Rogers Elizandro Jarbas secretário de segurança pública

Secretário Rogers Jarbas deu entrevista na tarde de terça-feira (26)

Na Operação Mercenário, que foi um dos trabalhos mais esperados dentro da pasta de Segurança sobre resposta a crimes que aconteciam na cidade de Várzea Grande, Jarbas afirma que infelizmente quem foi pago para proteger, estava andando na contra-mão e foi preso. O que deve servir de exemplo para outros que estão na farda há tempo e principalmente aos que estão chegando. “Não coadunamos com nenhum tipo de crime, ainda mais por agentes da lei”, disse.

 

Além dos seis policiais militares: Helbert de França Silva, Ueliton Lopes Rodrigues, Claudemir Maia Monteiro, Pablo Plinio Mosqueiro Aguiar, Vagner Dias Chagas e Jonathan Teodoro de Carvalho. Todos lotados em Várzea Grande.

 

Sobre as 19 armas apreendidas, nenhuma pertence ao Governo do Estado. Porém, todas as munições apreendidas e outras recuperadas nos locais de crimes, serão confrontadas em exames de balísticas, na Politec, para saber se as mesmas armas foram utilizadas em outros crimes.

 

Já o principal executor dos crimes, conhecido como Ceará, confessou em depoimento que já cometeu 60 homicídios, nessa profissão de pistoleiro. Ele sempre atuava de máscara, na garupa de motos e em carros escuros. Informações de delegados confirmam que ele cometia os crimes, porém o valor para cada assassinato não foi divulgado, para não atrapalhar as investigações.

 

Sobre a resposta da população, que em diversos comentários frisaram a frase: “prenderam os heróis”, “bandido bom é bandido morto”, “pra que prender quem fazia a lei?”, Jarbas respondeu que cada um tem o livre poder de falar o que quiser, porém não se deve incentivar nenhum tipo de prática criminosa, pois os presos estavam tirando vidas na cidade de Várzea Grande.

 

“Prendemos ontem quem praticou pelo menos 40% de todos os homicídios da cidade industrial. Agora estamos avaliando outros crimes e em breve novas operações irão surgir, porém cada um tem o direito de opinar da forma que lhe convém. O que não podemos é incentivar o crime. Violência, vingança, morte é coisa que polícia precisa investigar. Liberdade de expressão existe, mas não pode ser para  acender o crime”, finalizou o secretário.

 

Todos os presos passaram por exame de corpo delito na tarde de terça-feira (26) e foram encaminhados aos presídios da capital. Os seis policiais que foram detidos, cumprirão medida provisória na Cadeia Militar de Leverger. 

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