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Cidades Terça-feira, 08 de Janeiro de 2019, 16:17 - A | A

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Terça-feira, 08 de Janeiro de 2019, 16h:17 - A | A

SEM PREVISÃO DE OPERAÇÃO

Pacientes aguardam há meses por amputação e condição só piora

WILLIAN BELTER

Internados na enfermaria 407, no quarto andar do atual Pronto Socorro de Cuiabá, pacientes amargam a espera de cirurgia para amputação de membros. Na tarde de segunda-feira (7), o HiperNotícias visitou esses pacientes e conversou com os acompanhantes. A principal queixa é a demora na realização de procedimentos. Algumas pessoas  estão internados há mais de dois meses, com piora do quadro de saúde e sem previsão de cirurgia. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que todos os casos já foram regulados e aguardam o agendamento do Hospital Geral para realização.O comunicado diz, ainda, que nos próximos dias todos terão seus procedimentos realizados.

 

REPRODUÇÃO

pacientes pronto socorro

 

Os pacientes tem idades entre 40 e 80 anos. Eles aguardam ansiosos para receber o tratamento adequado e poder retornar para casa. Todos tiveram complicações por causa da diabetes, porém alguns sofrem  de problemas renais crônicos e precisam fazer hemodiálise, outros convivem com  deficiência visual. 

 

Conforme relato dos acompanhantes, o motivo da longa espera é porque, antes do procedimento, eles têm que passar por uma outra cirurgia (angioplastia), procedimento que visa desobstruir a artéria do paciente, antes da amputação.

 

Entretanto, eles relatam que não há vagas para realizar o procedimento na rede pública. Conforme passado pelo médico aos familiares, em um hospital particular a amputação pode custar  até  R$ 35 mil, dependendo da situação de cada um.

 

Aparecida Picon, é moradora do município Nova Monte Verde (944 km de Cuiabá). Há 50 dias ela e a mãe revezam com outros parentes os cuidados do pai, Francisco Picon dos Reis, de 68 anos. Ele aguarda a cirurgia para amputar o dedo do pé.

 

Conforme a filha, o idoso é diabético e hipertenso. Ele sofreu uma lesão no dedo e, devido ao estado clínico, a situação foi se agravando.“Ele furou o dedo com prego e devido à diabetes formou ferida e foi necrosando. Ele já teve AVC e tudo ajudou piorar o quadro clinico dele”.

 

Diante da demora em realizar o procedimento, a família acionou a Justiça para conseguir  a angioplastia pelo Sistema Unico de Saúde (SUS) ou por alguma unidade hospitalar conveniada. No dia 7 de dezembro, o juiz substituto, Wladys Roberto Freire do Amaral, determinou  que o PSMC providenciasse  a cirurgia em 48 horas. No entanto, já se passou um mês e até agora o paciente continua aguardando.

 

Rosalino Teixeira, de 71 anos, morador de Tangará da Serra (243 km de Cuiabá), está internado há 32 dias. O genro, Jair Alves, que acompanha o paciente, disse ao HiperNotícias que há sete anos o idoso sofre de ausência de memória. Além disso, ele é paciente renal crônico e necessita fazer hemodiálise de dois em dois dias.“Só operam se estiver correndo risco de vida, o que está segurando ele aqui  é a falta da angioplastia, mas eles alegam que o procedimento é realizado apenas na Santa Casa e no Hospital Geral. Ele está na lista de espera”, desabafou Jair.

 

“Se for olhar o quadro deles, ao invés de melhorar, só piora”, disse o aposentado Jairo Dias, que há quase três meses acompanha o paciente Enoque Macena Silva, de 80 anos. O idoso, morador de Lambari d’Oeste (317 km de Cuiabá), foi transferido para a Capital para amputação do dedo. Desde que chegou ao Pronto Socorro, a situação dele só piorou.

 

“No início ele era muito coordenado nas colocações, hoje ele começa a falar coisas e não consegue concluir”, disse Jairo.

 

Enoque casou dez vezes e de cada relacionamento teve um filho, no entanto vive sozinho. “Minha vida é um problema assim como a de todos”, desabafou o idoso.

 

Ele conta que se separou da ultima esposa por “motivos superiores”, desde então morou em várias regiões no Estado de São Paulo e trabalhou por seis anos como funileiro na montadora de carros Wolkswagem. Depois que saiu da montadora, o idoso se mudou para Mato Grosso, onde montou um pequeno comércio.

 

Valdevino Assunção, é deficiente visual. Também é diabético e precisa amputar o dedo, porém falta instrumento cirúrgico para o procedimento. O paciente contou que tem dois filhos adolescentes, com 13 e 16 anos, porém o filho mais velho não aguentou ver a situação do pai, depois que foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o Pronto Socorro.

 

“Antes ele ficava comigo na UPA, mas quando eu vim para o Pronto Socorro. que ele viu a 'jiripoca piar' não voltou mais, quem me dá assistência são os amigos”, contou o paciente que também é funcionário público no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

 

“O que eu puder fazer para ajudar esse pessoal eu vou fazer”, declarou Jairo, que "adotou" Enoque e o acompanha diariamente.

 

Confira a nota da Secretária de Saúde na íntegra

 

A Central de Regulação possui como premissa a regulação por classificação de risco (nos casos de urgência) e rigorosamente por ordem cronológica.

Sobre os casos citados, todos já foram regulados e aguardam o agendamento do prestador Hospital Geral para realização, tendo em vista que estes procedimentos são de Alta Complexidade e estão sendo atendidos os casos semelhantes conforme a disponibilidade e capacidade do prestador.

 

Nos próximos dias todos terão seus procedimentos realizados. Destes, o mais antigo, Sr. Enock já está na lista para realização nesta semana ainda.

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Benedito costa 08/01/2019

Tão brincando com a vida humana, o Prefeito deveria já sofrer um processo de cassacao por improbidade, deveria inclusive ser até preso crime de tortura que vem fazendo com os pacientes do pronto socorro.

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