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Cidades Sábado, 03 de Outubro de 2015, 08:14 - A | A

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Sábado, 03 de Outubro de 2015, 08h:14 - A | A

VEJA O VÍDEO

Mesmo flagrados em vídeo, jornalistas dizem que não houve extorsão a conselheiro do TCE

RAYANE ALVES

Mesmos presos em flagrante e gravados em um vídeo que os mostra pedindo dinheiro para parar de publicar matérias que difamam a imagem do conselheiro Antonio Joaquim Rodrigues Neto, do Tribunal de Contas (TCE), os jornalistas Pedro Ribeiro e Laert Lannes afirmaram, durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (2), que foram vítimas do conselheiro em parceria com o advogado de defesa dele, José Antonio Rosa. 

 

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De acordo com o jornalista Pedro Ribeiro, a prisão foi a mando do conselheiro, o que faz com que se torne ilegal e arbitrária. Durante a fala, Ribeiro parafraseou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso Mello, afirmando que mesmo que a crítica seja dura e impiedosa, ela deve ser respeitada e é um direito dos jornalistas.

 

Reprodução

jornalistas - extorsão TCE

Pedro disse que o caso começou quando os jornais 'Página 12' e 'O Mato Grosso' começaram a publicar matérias contra o conselheiro, acusando-o de grilagem de terras, crimes ambientais e cárcere privado. O jornalista ainda diz que o flagrante foi armado pelo advogado do conselheiro e que o vídeo seria uma 'montagem'.

 

"Se houve algum contato com o advogado, essa conversa foi iniciada por parte dele, com a intenção de nos corromper para parar com as informações noticiadas sobre o conselheiro. No entanto, esse vídeo foi montado e o que aconteceu de fato não foi extorsão e sim uma tentativa de calar a imprensa para parar com as referidas denúncias", disparou o jornalista.

 

Já o jornalista Laerte Lannes foi mais longe e afirmou que recebeu várias ligações na casa dele, nas quais um homem o ameaçava de morte caso continuasse a publicar as denúncias. 

 

"Me falaram que minha boca iria amanhecer cheia de formiga se eu não ficasse calado. Além disso, quatro homens foram na minha casa em um carro preto e conversaram com a minha mulher, falando que tinha umas contas para acertar comigo. Eu estou com o coração partido, mas de alma lavada em poder esclarecer os fatos", concluiu. 

 

Contudo, no vídeo gravado pelo advogado (confira logo abaixo) eles aparecem tranquilamente apresentando um papel ao advogado, supostamente com valores, afirmando que "a gente é humilde, não queremos muita coisa. Pelo tempo que ele estiver na presidência [do TCE]". Em troca, eles oferecem o fim das publicações contra o conselheiro. "A gente quer ser parceiro. (...) Nós esquecemos dele".

 

Os dois jornalistas foram presos em flagrante na manhã de quarta-feira (30) pela Polícia Civil. Contudo, foram soltos já na noite desta quinta-feira (1º) após audiência de custódia que avaliou a necessidade de mantê-los reclusos. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) levou em consideração o fato dos dois serem réus primários e terem cometido crime de menor potencial ofensivo, apesar do flagrante. 

 

 

RELEMBRE O CASO

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Antonio Joaquim foi vítima de suposta tentativa de extorsão por parte de dois jornalistas, na qual utilizariam seus jornais  –– Pagina 12 e O Mato Grosso –– em uma aventada campanha de difamação pública contratada pelo médico Alonso Alves Filho, um dos sócios-proprietários do Hospital Otorrino de Cuiabá. Os jornalistas são Pedro Ribeiro e Laerte Lannes.

 

A prisão aconteceu em flagrante, quando eles tentavam extorquir do conselheiro mensalidades de R$ 5 mil, via contrato firmado com o TCE durante dois anos, mais pagamentos de R$ 50 mil, sendo R$ 25 mil para cada um. Era entregar esses valores ou continuar suportando uma campanha de difamação e achincalhamento por meio de matérias nos dois jornais.

 

Os crimes teriam acontecido no escritório do advogado José Antonio Rosa, que sofria assédio tanto de Pedro Ribeiro quanto de Laerte Lannes. Ambos telefonavam e iam ao escritório de Rosa porque é ele quem representa o conselheiro em ações de calúnia, difamação e injúria movidas pelos dois jornalistas e o médico. Avisado, Joaquim avisou a Rosa que chamasse a polícia, mas o advogado já havia apresentado denúncia ao Ministério Público contra os três.

 

Quando souberam que não iriam encontrar o conselheiro Antonio Joaquim, os jornalistas resolveram ir ao escritório de José Antonio Rosa tentar arrancar dele o dinheiro exigido. O que não sabiam é que a Polícia Civil já estava monitorando o “trabalho” dos dois e acompanhou a tentativa de extorsão e estelionato em uma tocaia armada na sala ao lado, onde ouviam e gravavam as conversas dos dois com câmeras. Configurado o flagrante, tanto Pedro Ribeiro quanto Laerte Lannes receberam voz de prisão e foram levados direto à Delegacia de Roubos e Furtos.

 

O caso tem relação com o processo movido contra o conselheiro Antonio Joaquim devido a uma disputa judicial por uma passagem em uma área rural de sua propriedade. A batalha travada com o médico Alonso Alves Filho inclui ainda uma ação movida pelo conselheiro contra a Rede de Televisão Centro América (TVCA), afiliada da Globo no estado, devido a supostas edições feitas em matéria, com intuito de prejudicá-lo no processo.

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