O tenente-coronel comandante do Batalhão de Emergências (BEA), Rafael Ribeiro Marcondes, afirmou ao HNT TV Entrevista que as terras indígenas e áreas irregulares despontam com maior incidência de focos de incêndio. Segundo ele, isso se deve ao fator cultural das aldeias que usam o fogo como parte do ritual da caça e a ausência de fiscalização efetiva em terras onde a ocupação não está legalizada. O dado apontado por Rafael é uma média de levantamentos do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cujas séries históricas começaram a ser feitas em 1998.
"Se olharmos proporcionalmente, a gente observa um índice maior de queimadas em terras indígenas e áreas irregulares, elas sempre despontam como maior incidência de focos", disse o comandante ao podcast.
Rafael Ribeiro explicou que os proprietários de áreas produtivas são parceiros do combate ao fogo, pois as terras são ativos financeiros e, se o solo queima, eles são diretamente prejudicados.
"É prejuízo para eles pois estão prendendo o ativo deles. Eles se preocupam em manter e há um grande aporte ao Corpo de Bombeiros em áreas rurais, pois é um patrimônio dessas pessoas", falou.
SISTEMA DE VOLUNTÁRIOS
O comandante falou que a ampliação das políticas de prevenção ao fogo em Mato Grosso e o aumento do número de voluntários motivaram a origem de um cadastro de rede de apoio ao combate de incêndios florestais. Atualmente, 4 mil brigadistas estão inscritos e há mais de 3 mil equipamentos disponíveis para as ações.
"Esse esse sistema só foi implementado esse ano e pode ser empregado com o consentimento do proprietário em resposta aos focos de incêndio", detalhou.
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