O pastor Silas Malafaia publicou nesta sexta-feira (22) um vídeo em suas redes sociais no qual pede ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a devolução de seu passaporte, que foi apreendido pela Polícia Federal. Em tom de desafio, Malafaia classifica a medida como uma “aberração”, afirmando que a apreensão não se justifica, pois ele não tem a intenção de fugir do país.
“Se eu tivesse medo do senhor ministro e tivesse medo disso, eu ficava lá (Portugal). Eu voltei”, disse o pastor no vídeo. Assista ao final.
Ele ainda ressaltou que fugir o desmoralizaria diante da sociedade e da igreja evangélica, algo que ele não faria depois de anos denunciando os “crimes” do magistrado. Além do passaporte, Malafaia também solicitou a devolução de seus cadernos com anotações bíblicas, que, segundo ele, foram apreendidos na mesma operação. Em um tom irônico, o pastor sugeriu que aceitaria até mesmo uma cópia digitalizada do material.
"Eu sei que a PF digitaliza tudo. Quem sabe o senhor pode fazer um favor, além de devolver meus cadernos, me dá uma cópia digitalizada. São os dois pedidos que eu faço. E olha, parece incrível, mas eu vou te agradecer, ministro”, completou Malafaia.
O pastor teve o passaporte e o celular apreendidos ao desembarcar no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa, como parte de uma investigação da Polícia Federal que apura se ele teria atuado para pressionar membros do Judiciário em favor de interesses ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Malafaia tenta lucrar com áudios de conversas com Bolsonaro
Enquanto pede a devolução de seus bens, o pastor Silas Malafaia também busca obter os ganhos com publicidade de vídeos no YouTube que reproduzem áudios de conversas dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As conversas foram divulgadas pelo STF após serem incluídas em um inquérito da Polícia Federal. A tentativa de monetização, divulgada pelo jornalista e youtuber Álvaro Borba, ocorre por meio de um serviço terceirizado chamado ONErpm, que reivindica os direitos autorais dos áudios.
A iniciativa de Malafaia tem sido criticada por criadores de conteúdo, que veem a ação como uma forma de lucrar ou até mesmo de limitar a divulgação das gravações. Borba abriu uma disputa no YouTube para contestar a reivindicação e incentivou outros a fazerem o mesmo.
VEJA O PEDIDO:
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