A reportagem não localizou a defesa de Campolongo. Com ele, foram apreendidos um estilingue e pequenas esferas de metal, utilizados nos atentados, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). Sua prisão foi solicitada e está em análise.
Campolongo é servidor público há mais de 30 anos, funcionário da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). "Hoje a gente fez mais uma prisão de uma pessoa que depredou uma série de ônibus, inclusive é servidor do Estado. Então, obviamente, a gente vai tomar todas as medidas cabíveis", disse ontem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em Rio Claro, no interior do Estado. "São ataques que têm motivações diferentes e a gente está investigando todas elas. Já caiu muita a quantidade de ataques aos ônibus, a gente agora está tendo um, dois ataques por dia."
Justificativa
As investigações da polícia apontam que os crimes foram planejados com antecedência, e o suspeito preso recrutava outras pessoas para promover as ações. Seu carro foi visto sempre perto dos ataques. Conforme os delegados, o suspeito atuava com o irmão, identificado como Sérgio Aparecido Campolongo. A polícia também pediu a prisão preventiva do irmão, que está foragido.
Em depoimento, Campolongo afirmou que cometeu os ataques porque queria "consertar o Brasil". Conforme a polícia, não foram encontrados indícios de relações dele com líderes políticos e sindicais ou com facções criminosas. Até o momento, as investigações apontam que ele não mirava empresas específicas: os ataques eram aleatórios. Campolongo chegou a efetuar um dos ataques com coquetel molotov, que não explodiu.
A polícia segue com as investigações para identificar os demais envolvidos nessas ações. "Muitos outros indivíduos identificados só participaram uma vez (de ataques) e não apresentaram uma razão. Neste caso do servidor, nós o colocamos na cena do crime não uma, duas ou três, mas diversas vezes", disse Domingos Paulo Neto, delegado seccional no ABC.
Balanço
Desde o dia 12 de junho, 530 veículos do sistema municipal de transporte da capital foram depredados, segundo dados da SPtrans. Na segunda e na terça-feira desta semana, foram seis ataques. Os atos aconteceram de forma distribuída por todas as regiões da capital paulista.
Até o momento, 22 pessoas foram detidas no total, sendo 14 adultos, 7 adolescentes e 1 criança. Muitos casos foram esporádicos e não se notou uma motivação única.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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