De acordo com o autor da pesquisa, o economista Waldecy Rodrigues, a modelagem econométrica mostra que o ritmo de derrubada da floresta está diretamente ligado à qualidade da governança. "A efetividade desses mecanismos depende da combinação entre fiscalização, regularização ambiental e estabilidade institucional", afirmou.
O levantamento também traça projeções até 2050. No cenário pessimista, com pressão internacional branda e enfraquecimento das instituições, o desmatamento poderia voltar a crescer e ultrapassar 1,2 milhão de hectares em 2045. Já no cenário otimista, o fortalecimento das instituições ambientais poderia consolidar a tendência de queda.
Para a CEO do Instituto Esfera, Camila Funaro Camargo Dantas, os resultados reforçam a importância de um marco regulatório estável. "O estudo confirma que a preservação da Amazônia e do Cerrado depende sobretudo da qualidade da governança. O futuro das nossas florestas está ligado à força das instituições e à consistência das políticas públicas", disse.
O Arco do Desmatamento ocupa cerca de 10% da Amazônia Legal, mas responde por 45% de todo o desmatamento registrado no Brasil. A região soma mais de 19 milhões de hectares alterados ou degradados, área equivalente a duas vezes o território do Reino Unido.
(Com Agência Estado)
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