O preço do subsídio oferecido pela ONU passou de US$ 144 (R$ 763) por diária para US$ 197 (R$ 1.044), atendendo a uma demanda apresentada pelos países em agosto. O valor será repassado para 144 nações.
A Secretaria Extraordinária para COP-30 (Secop) se reuniu nesta quarta-feira, 17, com os representantes da UNFCCC, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima.
Segundo a Secop, até o momento, 79 países já confirmaram hospedagem em Belém por meio da plataforma do governo ou articulações próprias. Há ainda 70 países em processo de negociação. A previsão é de que, no total, 196 delegações participem do evento.
"Tivemos progresso, mas ainda há mais a ser feito", afirmou o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, de acordo com uma nota divulgada pela Secop.
Brasil pede taxa emergencial
Apesar do aumento do subsídio dado pela ONU, o Brasil considerou a taxa insuficiente. No mesmo comunicado, o governo brasileiro afirma que "o valor continua abaixo da média praticada em outras capitais brasileiras e não cobre integralmente os custos locais."
Em outros países, a diária subsidiada pela ONU é maior. Na Alemanha, onde ocorre a Conferência de Bonn, uma preparatória para COP, o valor era de US$ 400, por exemplo.
Diante do cenário, a organização brasileira sugeriu que a ONU conceda uma taxa excepcional para a COP30, que "facilitaria a vinda de delegados de países em desenvolvimento."
A crise de hospedagens na COP30 chegou ao auge no início de agosto, quando 29 países assinaram uma carta pedindo ao governo brasileiro que mudasse a cidade sede do evento.
Há cerca de um mês, o governo brasileiro se reuniu com a ONU para tratar sobre o tema. Na época, menos de um quarto das delegações já tinham reservado hospedagem. Na ocasião, a UNFCCC chegou a sugerir que o Brasil subsidiasse acomodações para os países participantes, o que foi negado pelo governo brasileiro.
"O governo brasileiro se posicionou que já está arcando com custos significativos para realização da COP e, por isso, não há como subsidiar delegações de países e de países que, inclusive, são mais ricos que o Brasil. Não cabe aos brasileiros fazer subsídio a outros países", afirmou a secretária executiva da Casa Civil, Míriam Belchior.
(Com Agência Estado)
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