A saída do prédio será realizada nesta terça-feira, 27, no período da manhã. Descontentes com a direção da universidade e alegando casos de racismo no ambiente da instituição, os estudantes ocuparam o campus na semana passada, fazendo piquetes e bloqueios com as carteiras para evitar o acesso ao prédio.
Na sexta-feira, 24, a Justiça autorizou a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP, a acionar a Polícia Militar para fazer uma reintegração de posse. A medida não chegou a ser utilizada.
A paralisação foi iniciada na última segunda, 19, e puxada pelo coletivo Saravá, formado por estudantes negros da PUC-SP. O movimento cresceu e angariou o apoio de outros coletivos universitários da instituição.
A paralisação não afetou todos os cursos. Alguns, como Engenharia, continuaram a ter aulas normalmente.
Os estudantes pedem melhores condições estruturais, avanços na política de permanência estudantil - entre elas, o acesso gratuito ao bandejão para estudantes bolsistas -, revisão sobre o aumento das mensalidades e letramento racial na formação de profissionais da universidade.
De acordo com a Reitoria da PUC-SP, a partir de terça-feira, 27, serão concedidas bolsas de alimentação de 100% aos alunos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), ou seja, que participam do programa em que a graduação é financiada pelo Ministério da Educação.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Fundação São Paulo informou que o seu diretor executivo, o Padre José Rodolpho Perazzolo, recebeu uma comissão estudantil para debater sobre a ocupação do campus.
Os estudantes apresentaram as reivindicações e pediram à fundação para que o processo que tramita na Justiça fosse retirado. A Fundasp concordou pelo fim do caso, caso o campus fosse desocupado.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.