A "Operação Caixa de Pandora" foi um escândalo de corrupção revelado em 2009, envolvendo o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e diversos políticos e empresários locais. Jaqueline Roriz foi apontada por receber R$ 25 mil do ex-secretário de Assuntos Institucionais do DF e delator da operação, Durval Barbosa.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF), obteve vídeos que mostravam o recebimento e a distribuição de propinas, o que resultou em uma série de processos judiciais. Como mostrou o Estadão, as imagens foram cruciais para a operação.
Na sentença, a juíza destacou que as provas "demonstraram que a acusada recebeu vantagem indevida em razão da função pública que viria a exercer, em troca de apoio político e influência na nomeação de cargos públicos".
Jaqueline foi condenada a dois anos de reclusão e ao pagamento de multa, porém não cumprirá a pena porque o crime prescreveu, considerando o tempo decorrido desde o início do processo, em 2014. A prescrição extingue todos os efeitos penais da condenação, ou seja, não haverá execução da pena nem suspensão de direitos políticos.
Na decisão, a magistrada não aceitou a tese da defesa de que o valor recebido seria uma simples doação de campanha. Segundo ela, o dinheiro não era uma doação verdadeira, mas sim um pagamento ilegal destinado à compra de apoio político.
"Ficou comprovado que a acusada, antes de assumir o cargo de deputada distrital, recebeu vantagens indevidas, de forma direta e indireta, por intermédio de Durval Barbosa", disse.
E, completou: "Essas vantagens consistiram em numerário em espécie e no fornecimento irregular de bens públicos - rádios Nextel e computadores -, além da negociação e promessa de cargos na estrutura administrativa. Todas essas condutas visavam à formação e consolidação de base parlamentar de sustentação política em favor de José Roberto Arruda, então governador do Distrito Federal", escreveu a juíza na decisão.
(Com Agência Estado)
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