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Brasil Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025, 15:44 - A | A

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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025, 15h:44 - A | A

“SE FAZEM DE VÍTIMA”

Cabeleireiro é condenado por injúria racial e discriminação: “não contrato preto e viado”

Profissional foi sentenciado a pagar indenizações e prestar serviços comunitários

DA REDAÇÃO

O cabeleireiro Diego Beserra Ernesto, de 38 anos, foi condenado pela Justiça de São Paulo por injúria racial, discriminação e preconceito de raça ou cor, após enviar áudios com ofensas direcionadas a minorias. Nas mensagens, enviadas a um colega de trabalho, Diego afirmou que não contrata “gordo, petista, preto, feminista e viado”. As informações são do site Metrópoles.

O caso ocorreu em janeiro de 2023. Segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), um profissional que sublocava uma cadeira no salão de Diego, em Perdizes, zona oeste da capital, procurou a polícia após receber os áudios.

A conversa começou quando o colega, que é negro, relatou que uma mulher chamada para fazer um teste no salão havia desistido do trabalho. Em resposta, Diego enviou áudios defendendo critérios discriminatórios na contratação de funcionários.

No primeiro áudio, ele afirmou: “Cara, eu coloquei uma regra pra mim, eu não te enxergo dessa forma, não se ofenda, mas eu não enxergo dessa forma. Eu não contrato gordo, não contrato petista e não contrato preto”. Em seguida, completou: “No caso do preto, porque alguns se fazem de vítimas da sociedade. No caso ali [da mulher que fez o teste], a mulher tem duas coisas, o gordo preto, ela não cuida nem do próprio corpo. Como é que vai ter responsabilidade na vida? Não é que eu te enxergo branco, eu te enxergo trabalhador”.

Diego ainda atacou outros grupos. Sobre mulheres e pessoas LGBTQIA+, afirmou: “Às vezes, essas mina aí que usa cabelo curto é feminista. Não estou generalizando, mas tem uma grande probabilidade de ser feminista. Feminista é um saco, você não pode falar nada. [Também] não contrato mais viado, velho. Principalmente viado. Só se a pessoa estiver mentindo”.

A mulher que fez o teste no salão contou à polícia que não havia aceitado o trabalho porque Diego teria demonstrado “ar de desprezo” e feito “caras feias” durante o atendimento.

Ao ser interrogado, o cabeleireiro confirmou a autoria dos áudios, mas disse que “de forma alguma olhou-a com desprezo ou desdém” e alegou que sua expressão poderia ter sido influenciada por uso de botox. Ele também afirmou que “teve experiências ruins com funcionários homossexuais ” e que estava arrependido de usar o termo “viado”. A defesa sustentou que os áudios foram obtidos ilegalmente e que as falas foram “tiradas de contexto”, argumentando que a conversa teria caráter privado.

A Justiça condenou Diego a pagar R$ 15.180 de indenização à profissional ofendida e mais R$ 15.180 a um fundo público como reparação por danos morais coletivos. Ele também recebeu pena de 2 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão, substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento de um salário-mínimo a uma instituição social.

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