De acordo com Damião, o coletivo de prefeitos brasileiros foi levado para uma palestra ministrada por Rafael Rozenszajn, membro do Ministério da Defesa israelense, em 15 de julho, um dia antes dos políticos cruzarem a fronteira com a Jordânia e deixarem o país em guerra.
O prefeito da capital mineira conta que pensou que seriam tratados os planos de evacuação. No entanto, "o rapaz que comandou a reunião, na verdade, deu uma palestra. E ele só falava números da guerra e chegou a falar que nós seríamos representantes de Israel no Brasil".
Damião ainda considerou a palestra "propaganda de guerra", uma vez que foi pedido que os políticos endossassem a visão de Israel no conflito. Ele também disse que o evento não foi apropriado para o momento em que a delegação se encontrava.
Visita de prefeitos foi pega em meio ao conflito
Ao todo, 12 prefeitos brasileiros estavam em Israel quando o conflito estourou, no dia 12 de junho. O grupo viajou para a nação do Oriente Médio no dia 8, a pedido do governo local, para acompanhar um evento de inovação em segurança pública
Entre os políticos que estavam no país constavam Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa (PB); Claudia Lira (Avante), vice-prefeita de Goiânia (GO); Johnny Maycon (PL), prefeito de Nova Friburgo (RJ); Nélio Aguiar, ex-prefeito de Santarém (PA); Welberth Rezende (Cidadania), prefeito de Macaé (RJ); e Vanderlei Pelizer (PL), vice-prefeito de Uberlândia (MG).
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), entrou com pedido para que o chefe do Itamaraty, o ministro Mauro Vieira, retirasse os gestores brasileiros de Israel em 13 de junho, um dia após o início dos bombardeios.
O resgate, no entanto, só ocorreu no dia 16. Depois de utilizarem um ônibus para chegar à Jordânia, os políticos foram levados para a Arábia Saudita, onde puderam embarcar em um avião e retornar ao Brasil.
(Com Agência Estado)
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