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Artigos Sábado, 05 de Julho de 2025, 12:31 - A | A

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Sábado, 05 de Julho de 2025, 12h:31 - A | A

OLIVEIROS MARQUES

O inimigo do povo

OLIVEIROS MARQUES

Inimigo do povo, amigo dos ricos, mamata 2.0, vergonha nacional, Eduardo Cunha 2.0, quem paga o pato é o povo, quer mais deputado para mamar. Essas são algumas das adjetivações atribuídas a Hugo Motta que emergiram na análise semântica das redes sociais nos últimos sete dias, conforme levantamento realizado pela Agência Ativaweb.

Segundo o relatório, compartilhado por Alek Maracajá, especialista em análise de dados, no grupo de WhatsApp do CAMP, o estudo processou mais de 2,5 milhões de interações no Facebook, Instagram, X e TikTok. A conclusão é particularmente interessante, e tomo a liberdade de citá-la na íntegra:

“O levantamento revelou um cenário de desgaste crescente, marcado por uma indignação transversal que uniu direita, esquerda e, principalmente, usuários sem filiação política. Hugo Motta passou a ser percebido como símbolo dos privilégios institucionais e da desconexão com o sentimento popular.”

Chamou a atenção - e por isso mesmo foi destacado em negrito no relatório de Maracajá - o fato de que boa parte dos indignados com o presidente da Câmara ecoaram o discurso lançado por perfis da esquerda sem possuir qualquer filiação partidária. Ou seja: o debate furou a bolha.

“São cidadãos digitais conectados com pautas como justiça social, custo de vida e representatividade. A proposta de aumento do número de deputados foi percebida como um insulto à realidade da população”, complementa o relatório.

Em outras palavras: depois de muito tempo, a esquerda venceu o debate nas redes por uma semana inteira. E o que mudou? A esquerda aprendeu, de repente, como funcionam os algoritmos? Nada disso. Tomou a iniciativa política.
O debate político se vence com posicionamentos claros, objetivos e com a apresentação de inimigos comuns. Se esse inimigo, aliás, já carrega fragilidades anteriores, melhor ainda.

Talvez os dados levantados pela Ativaweb ofereçam uma pista valiosa ao governo e sua base social sobre para onde conduzir o debate nos próximos dias. Um caminho possível seria contrapor a proposta indecente de aumento no número de deputados com a pauta concreta do fim da escala 6x1, tema caro a trabalhadores e trabalhadoras.

Talvez esse seja o bom debate para o próximo período, enquanto Lula tenha aquela conversa clara com os presidentes da Câmara e do Senado para dizer, em português muito claro: “Comigo, vocês não vão fazer o que fizeram com a Dilma. Eu vou pro pau com vocês.” Simples assim!

Oliveiros Marques é sociólogo, publicitário e comunicador.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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