É fundamental que se compreenda: o volume de críticas contra Hugo Motta nas redes não nasceu apenas da esquerda. O que a esquerda fez foi impulsionar com investimento financeiro, mas o conteúdo rapidamente transbordou para a direita e, principalmente, chegou ao povão.
“Quando o discurso encarna o apelo do pobre contra o rico, ele fura bolhas, ultrapassa ideologias e vira combustível de revolta popular.”
Esse é o ponto mais sensível: ao se tornar símbolo de privilégios e de uma classe política desconectada da realidade, Hugo Motta passou a ser alvo de uma crítica orgânica que unifica extremos. E o que era bolha virou correnteza.
Por que Hugo virou o centro da tempestade, enquanto outros escaparam?
Embora o episódio tenha atingido o Congresso como instituição, nomes como o senador Davi Alcolumbre saíram praticamente ilesos. Ele passou pelo momento de forma discreta, sem virar símbolo da revolta digital.
“Crises digitais não seguem lógica institucional, seguem lógica simbólica. O digital escolhe rostos para encarnar revoltas.”
Davi, apesar de atuar nos bastidores, não foi diretamente associado ao privilégio. Já Hugo foi cristalizado como “o amigo dos ricos”, tornando-se o rosto perfeito para canalizar frustrações sociais. O algoritmo não distingue cargos…ele mira no símbolo mais inflamável.
O algoritmo não distingue ideologia…ele amplifica o que desperta emoção, revolta e identificação popular.
Por isso, é um erro estratégico considerar que estamos diante apenas de uma ação da oposição. O sentimento de rejeição viralizou como um movimento emocional coletivo, e isso só acontece quando há identificação direta com a dor cotidiana do povo.
“Dados não gritam sozinhos. Eles ecoam o incômodo coletivo que, quando conectado a símbolos de poder e desigualdade, se transforma em tempestade digital.”
Alek Maracajá - CEO Ativaweb e professor, Autor do Livro Brasil Digital
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