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Artigos Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025, 09:13 - A | A

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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025, 09h:13 - A | A

OLIVEIROS MARQUES

No Kings

OLIVEIROS MARQUES

Recentemente escrevi neste espaço sobre o flerte perigoso entre o governo de Donald Trump e a destruição da própria democracia norte-americana. Dia após dia, os valores democráticos que por décadas serviram de vitrine para o mundo vão sendo relegados à condição de peças de museu - relíquias expostas sob vidro, enquanto a prática política se converte em mercadoria.

Nos Estados Unidos de Trump, já não valem os sonhos, os desejos e os direitos de um povo. O que move a máquina do governo são os interesses dos seus “acionistas”: bilionários, corporações e grupos que financiaram a ascensão do atual presidente. A democracia virou uma empresa com capital fechado, onde o voto é apenas o marketing institucional.

No último sábado, uma multidão tomou as ruas nas terras do Tio Sam - e em várias cidades do mundo - para protestar contra as medidas autoritárias e excludentes de Trump. Foi um recado duro. Mas é provável que o presidente norte-americano siga alheio, envolto em seu próprio universo de “Truths”, onde a realidade se curva à narrativa.

Ainda assim, o movimento popular tende a crescer. O impacto da guerra tarifária de Trump - declarada contra tudo e todos - já começa a ser sentido na economia real, afetando empregos, produção e consumo. As ações do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega), que executa com fervor a política anti-imigratória, provocam ausências no mercado de trabalho e espalham medo nas comunidades. E o envio da Guarda Nacional para “limpar” as cidades de moradores em situação de rua revela mais do que descuido: revela um projeto de higienização social travestido de ordem pública.

Esse novo ciclo de resistência que se forma nos EUA serve também de alerta para nós, aqui nas Terras Brasilis. Mostra o quanto é necessário manter o olhar atento sobre o projeto de poder que Trump e sua turma representam globalmente - um projeto que, sob diferentes bandeiras, ecoa também por aqui. É um lembrete incômodo de que o retrocesso pode ser reeditado em solo brasileiro, seja pelas mãos de um familiar do ex-presidente ou de algum candidato mais “polido”, que vista o mesmo figurino ideológico com outro corte de terno.

E é disso que se trata: se o campo democrático e progressista quiser realmente ampliar suas chances de vitória, precisa começar agora a qualificar o debate e, sobretudo, os adversários. É preciso nomeá-los, vinculá-los a esse mesmo ideário extremista, expor quem e o que de fato representam. Colocá-los - sem rodeios - de beijos e abraços com Trump, ainda que muitos prefiram manter o affair ideológico entre quatro paredes, longe das câmeras e das ruas.

O Brasil já experimentou, por quatro longos anos, uma amostra desse projeto de mundo: autoritário, elitista e profundamente excludente. Impedir que ele volte é um dever histórico - e passa, antes de tudo, por dizer à população, com todas as letras e todos os adjetivos, quem são e o que representam os herdeiros desse desastre.

(*) OLIVEIROS MARQUES é sociólogo, publicitário e comunicador político.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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