Em tempos de conectividade instantânea e redes sociais em constante atividade, a desinformação, popularmente conhecida como fake News tornou-se uma das mais poderosas armas políticas. Utilizadas para confundir, manipular e mobilizar emocionalmente eleitores, as fake news transformaram o debate público, contaminando processos democráticos e dificultando o acesso à verdade.
As fake news diferente de simples rumores, frequentemente planejadas e espalhadas de forma estratégica. Elas têm alvos específicos, canais bem definidos de distribuição, e timing adequado, sobretudo nas redes sociais, onde o conteúdo sensacionalista tende a se espalhar mais rapidamente do que notícias verdadeiras.
As campanhas de desinformação são eficazes justamente por se apoiarem em emoções, como medo, indignação ou orgulho, e por confirmarem preconceitos já existentes. Isso torna a mentira mais agradável e difícil de ser contestada.
Mas a grande pergunta é: quem se beneficia da desinformação? Líderes políticos que se apoiam em discursos antissistema que tendem a usar fake news para:
• Desacreditar instituições democráticas (como Justiça Eleitoral e imprensa);
• Criar inimigos imaginários (como comunistas, globalistas ou minorias sociais);
• Reforçar laços emocionais com suas bases, evitando o debate racional.
Exemplos recentes mostram como boatos sobre fraudes eleitorais, vacinas ou supostos escândalos podem influenciar significativamente o comportamento dos eleitores.
E quem perde?
A resposta é clara: a sociedade. A desinformação enfraquece a democracia, dificulta o diálogo construtivo, gera desconfiança nas instituições e coloca em risco decisões coletivas fundamentais, como eleições e políticas de saúde pública.
O cidadão comum perde a capacidade de formar uma opinião bem informada, sendo manipulado por interesses que muitas vezes vão contra seus próprios direitos e necessidades.
Conclusão
Fake news como arma política é um fenômeno que veio para ficar, ao menos enquanto não houver uma reação efetiva da sociedade e das plataformas digitais. Entender quem ganha com a desinformação é o primeiro passo para combatê-la. Checagem de fatos, educação midiática, regulação das redes sociais e fortalecimento do jornalismo profissional são algumas das respostas a esse desafio global. Em uma democracia saudável, o acesso à verdade não pode ser um privilégio, deve ser um direito.
(*) KEROLYNE CHAVES é jornalista.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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