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AgroHiper Segunda-feira, 02 de Abril de 2018, 08:28 - A | A

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Segunda-feira, 02 de Abril de 2018, 08h:28 - A | A

RESFRIADORES

Equipamento garante qualidade e evita que leite seja jogado aos animais

DÉBORA SIQUEIRA - ESPECIAL PARA O HIPERNOTÍCIAS

Henrique Pimenta/Seaf-MT

Refriadores de Leite

 Em dois anos, foram entregues 524 resfriadores de leite em MT

Imagina a situação. O produtor acorda cedo, ordenha a vaca, espera o ‘leiteiro’ passar e nos dias em que o comprador não ia, como não tinha meios de acondicionar o produto, jogava o leite para os porcos beberem. Isso mesmo! O leite UHT que no supermercado, o consumidor paga em média R$ 3,23, de acordo com o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia (Imea), em algumas propriedades rurais estava sendo jogado aos animais.

 

“Tinha pessoas que estavam desistindo. O dinheiro do leite todo mês tem dentro da propriedade, é dinheiro certo e na mão. É um negócio que mantém a família na propriedade e que traz um conforto para ele. Essa atividade garante o dia a dia dele para ele planejar, fazer contas e se melhora a tecnologia, a propriedade pode ser altamente rentável. Eu conheci vários imóveis rurais com um nível de uso de tecnologias e as pessoas vivem uma vida muito mais confortável, mesmo sendo pequenos agricultores”, contou o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Suelme Fernandes.

 

Ele destaca como exemplo uma propriedade em Nova Marilândia, cujo proprietário consegue comercializar R$ 20 mil por mês apenas com produção de leite. “Eu vi a nota fiscal! Tudo é uma questão de empreendedorismo e gestão da propriedade. O que falta é as pessoas adquirirem uma nova cultura produtiva porque a atividade do leite é altamente rentável”.

 

De 2015 a 2017, a Seaf entregou 524 resfriadores de leite em Mato Grosso e 3 caminhões tanque isotérmicos para transportar o leite até os laticínios. Uma dessas empresas, geralmente as cooperativas, processam o produto, transformando em queijo, bebidas lácteas, iogurtes, requeijão, além de outros subprodutos derivados do leite.

 

O gerente da Cooperativa dos Produtores de Leite de Campinápolis (Campileite), Rodrigo de Oliveira Paulo, diz que os resfriadores ajudam a manter a qualidade do leite. “Nos deu a chance de melhorar a captação de leite. Isso sendo feito, ampliado para ver se nos próximos anos a quantidade de leite produzido passa a ser maior, com mais produtores para ampliar esse leite na qualidade e também em quantidade. Contudo, atualmente os preços não estão bons e o pessoal não anima muito em produzir, mas o cenário é de recuperação”, avaliou.


Cooperativismo

 

Quatro grandes cooperativas são referências no Brasil na produção do leite. A Coopernova (Terra Nova do Norte), Comajul (Juscimeira), Coopnoroeste (Araputanga) e a Campileite (Campinápolis).

 

“A Coorpenova vende manteiga e as duas manteigas mais vendidas em Vitória, Espírito Santo, Recife e entre outras capitais já é produzida aqui em Mato Grosso. Boa parte dos queijos e muçarelas no Brasil vem de Mato Grosso. As quatro grandes cooperativas diversificaram a produção, não ficaram apenas no leite. O parque industrial de leite de Mato Grosso é um dos melhores do País. Ele é subutilizado. Nós não rodamos nem 40% da produção da nossa capacidade industrial”, lamenta Suelme.

 

Além de não usar toda a capacidade por falta de produção, atualmente os baixos preços causados pela redução do consumo de leite e derivados no país e remuneração menor fizeram com que as empresas processassem menos.

 

A Campileite, por exemplo, tem capacidade de processar 100 mil litros/dia, contudo tem utilizado 55 mil l/mês. No período da seca, quando a oferta no campo cai, ele espera processar 35 mil l/mês.

 

Contudo, a crise levou a busca de novos mercados para as cooperativas. No caso da Campileite em que 99% da produção era destinada ao mercado de São Paulo, passou a ser comercializada, algo em torno de 5% da produção, no mercado interno como Água Boa, Barra do Garças e Primavera do Leste. 

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