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AgroHiper Terça-feira, 03 de Abril de 2018, 09:36 - A | A

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Terça-feira, 03 de Abril de 2018, 09h:36 - A | A

GARGALO

Dificuldade em inspeção barra chegada de produtos aos supermercados

DÉBORA SIQUEIRA - ESPECIAL PARA O HIPERNOTÍCIAS

Reprodução

Pururuca

 

Pururuca, torresmo, farofa de torresmo, banha suína, linguiça de porco caipira, dentre outros produtos são preparados no sítio de Roberta Adriana de Oliveira, no Assentamento Espinheiro, em Nossa Senhora do Livramento (40 km de Cuiabá) para serem comercializados na Central de Comercialização da Agricultura Familiar, em Várzea Grande. Ela leva os produtos toda sexta e sábado para serem vendidos direto ao consumidor, contudo, os custos estão empatando e poderiam melhorar se ela pudesse vender aos supermercados, pelo menos, de sua cidade.

 

“Estou tentando tirar o SIM (Serviço de Inspeção Municipal) para poder vender aos mercadinhos da cidade. Estamos nesta luta porque quero aumentar a produção e obter mais lucro”, disse.

 

O produtor rural Moacir dos Santos, que tem propriedade na comunidade Mutuca, no quilombo de Mata Cavalo, também em Nossa Senhora do Livramento, vende óleo de babaçu, azeite de mamona e de babaçu na central. Para conseguir um extra, ele diz que trabalha com encomendas. “Tem famílias grandes que compram cachos grandes de banana e nós entregamos. Há alguns locais que também pedem produtos específicos e a gente vende”, diz. 

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Mato Grosso tem cerca de 800 agroindústrias com produtos da agricultura familiar produzindo queijo embutido, salame, rapadura, farinha, mel, contudo, um dos grandes desafios é a qualificação sanitária desses produtos.

 

“O atraso da legislação é tão grande que o pequeno produtor se perde. Um dos esforços que a gente tem aqui é de modernizar a legislação para que possa ser diferenciada, específica para atender as pequenas propriedades. O nosso modelo de inspeção sanitária é um modelo americano, preocupado com as grandes empresas”, diz o ex-secretário da pasta, Suelme Fernandes. Ele cita ainda que no modelo europeu, os produtos artesanais tem um valor agregado muito maior do que os industrializados.

 

A alternativa ainda para os pequenos são as feiras, que atendem ao mercado municipal, mas não conseguem ampliar para um mercado regional. Um produto feito no interior com qualidade dificilmente chega às prateleiras dos grandes supermercados sem passar por muita burocracia.

 

“Já vi casos do produtor ser parado em posto policial com a cobrança de nota fiscal do queijo artesanal, do doce de leite, produtos feitos em meio familiar. O fato de estar sem selo não os torna bandidos. Não é cocaína, é o pão de cada dia deles. Isso é criatividade na agricultura familiar e existe consumidor que procura esses produtos artesanais”.

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