O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) criticou o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), por mover processo contra o humorista Thyago Mourão. Para ele, a ação representa uma ameaça à liberdade de expressão, uma das principais pautas da direita. Na Justiça, o prefeito pede indenização que somam R$ 40 mil, alegando que ambos teriam veiculado conteúdos que atingem sua honra, imagem e dignidade.
"Sou a favor da liberade de expressão. O limite do humor, o limite da imprensa tem que ser o controle remoto. A gente tem que superar as lutas políticas através do diálogo, da retórica. Já tomei porradas injustas de um monte de lugares, mas não resolvo isso com o processo", disparou Daniel.
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O vereador relembrou que, no início do ano, Abilio saiu em defesa do humorista Léo Lins, que foi condenado à prisão por propagar discursos considerados discriminatórios contra diferentes grupos sociais. Agora, a defesa de Abílio sustenta que o conteúdo de Thyago Mourão ridiculariza a imagem do prefeito, expondo-o ao "escárnio público e à chacota", e que a publicação "não se insere no âmbito do exercício regular de crítica política, mas sim de ataque pessoal".
"Ele disse ipsis litteris no semestre passado 'traficar 400 kg de cocaína pode, fazer piada não pode'. Agora também não pode fazer piada? Ele defendeu o Léo Lins, mas o Thyago Mourão não pode fazer piada? A diferença entre o Léo Lins e o Thyago Mourão é muito clara, o Léo Lins não fez piada com ele. Pode fazer piada, pode ter liberdade de expressão, se não for piada com ele. Vocês, jornalistas, serão os próximos a serem censurados se aceitarmos esse precedente", ponderou o parlamentar à imprensa.
Daniel Monteiro ainda citou denúncias preliminares de que humoristas estariam sendo contratados pela prefeitura de Cuiabá. O parlamentar disse que irá apurar as denúncias, mas que, se confirmadas, demonstram a intolerância de Abilio com profissionais do humor que não trabalhem a favor de sua gestão.
"Inclusive estão chegando bastante denúncias de que a prefeitura está colocando humoristas na folha de pagamento. Não sei se é verdade, mas vou apurar. Se isso for verdade, nessa condicionante, a gente vê que o comediante só serve se for trabalhar dentro do Palácio Alencastro", informou.
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