O governador Pedro Taques (PSDB) e o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) se reuniram no último sábado (14) para discutir sobre alianças políticas para as eleições deste ano. Apesar do parlamentar ter recusado o convite do governador para ser vice em sua chapa, o diálogo com o tucano não foi rompido. Mesmo cumprindo as deciões judiciais por supostas propagandas e conversar com possíveis aliados, o gestor não confirma a candidatura à reeleição.
Alan Cosme/HiperNoticias
Sachetti rejeitou convite para ser vice de Taques na reeleição ao Palácio Paiaguás
"Eu tive uma conversa sábado com Sachetti, ele estava preocupado com os números do Estado. Falei: ‘Sachetti eu sendo candidato, você não quer vir para o lado de cá? Do outro lado você não tem vaga’”, contou Taques durante almoço com jornalistas nesta terça-feira (17).
O parlamentar informou à imprensa que recusou a proposta a vice, pois quer disputar uma das duas vagas ao Senado disponíveis para Mato Grosso. Há negociações avançadas com o grupo do ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), porém o ex-governador Jaime Campos (DEM) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) teriam preferência para concorrer ao Senado, forçando Sachetti a mudar de grupo ou de pretensão ao cargo.
“Sachetti falou que estava conversando com Mauro e tem compromisso para lá. Ficamos de conversar novamente nesta semana. Ele é bem-vindo porque é um homem sério e eu gosto muito dele”, declarou o governador.
Durante entrevista na semana passada, Adilton não descartou a possibilidade de sair em chapa do governador Pedro Taques.
“Disputar com Taques não seria impossível. Nunca fechei a porta para ninguém. Se esgotar todas as possibilidades eu vou para outra”, afirmou Sachetti.
Na chapa de Taques, o único nome confirmado para Senado é do deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
Reeleição
Taques ainda não confirmou se irá a reeleição, mas justificou “não tenho tempo para ter medo” e disse que irá decidir o quanto antes.
O tucano reconhece a grande dificuldade da eleição deste ano, mas “mostrará o que fez” para a população mato-grossense poder decidir qual candidato escolher. O gestor se comparou ao seu provável adversário.
“Ganhar ou perder a eleição faz parte. Fiz duas eleições, ganhei as duas, momentos diversos. Mauro Mendes disputou em 2008 perdeu, 2010 perdeu, 2012 ganhou. É o momento que você vive reflete na eleição”, comentou.
Selma Arruda
A juíza aposentada Selma Arruda (PSL) tem dialogado com frequência com Taques, porém ambos negam ter conversado sobre cargos dentro da chapa.
“Conversamos sobre política, a juíza Selma, depois que saiu do Poder Judiciário, conversa bastante comigo, porque queria sim, a nossa história é mais ou menos parecida”, explicou Taques.
PSD
Dentro do Partido Social Democrático há uma rusga, alguns deputados estaduais seguem mantendo a posição de apoiar o atual governador na reeleição, indo na contramão da orientação dada pela sigla.
O vereador por Cuiabá, Toninho de Souza (PSD) explicou, na última sexta-feira (13), que o posicionamento estava forte para o apoio de Taques, mas mudou porque os deputados começaram a compreender melhor sobre a importância de acompanhar o partido devido a necessidade de legenda para conseguirem se eleger.
Contrapondo a argumentação do vereador, Taques contou que “os quatro deputados do PSD e vários prefeitos estão no nosso projeto político”.
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