O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi (PP), decidiu cancelar a sua licença de 10 dias do cargo para acompanhar a Operação Carne Fraca da Polícia Federal desencadeada, nesta sexta-feira (17), no ministério e em sete estados. A Operação visa desmantelar fraudes nas fiscalizações sanitárias em frigoríficos.
Alan Cosme/HiperNoticias
Blairo disse que determinou tolerância zero em irregularidades no ministério
Maggi enviou nota, por meio de sua assessoria de imprensa, informando sobre a sua decisão de adiar a sua licença do MAPA que ele tiraria, a partir desta sexta-feira (17), para tratar de assuntos pessoais.
“Diante dos fatos narrados na Operação Carne Fraca, cuja investigação começou há mais de dois anos, decidi cancelar minha licença de 10 dias do MAPA. O que as apurações da Polícia Federal indicam é um crime contra a população brasileira, que merece ser punido com todo o rigor”, afirmou Maggi.
O ministro garante que abrirá todas as portas do ministério para que a PF apure os fatos. Ele informou ainda que já tomou as medidas administrativas cabíveis para responsabilizar os servidores responsáveis pelos crimes apontados.
“Neste momento, toda a atenção é necessária para separarmos o joio do trigo. Muitas ações já foram implementadas para corrigir distorções e combater a corrupção e os desvios de conduta, e novas medidas serão tomadas. Estou coordenando as ações, já determinei o afastamento imediato de todos os envolvidos, e a instauração de procedimentos administrativos. Todo apoio será dado à PF nas apurações. Minha determinação é tolerância zero com atos irregulares no MAPA”, complementa o ministro.
A operação revelou que, para obter lucro máximo e prejuízo zero, carnes podres foram maquiadas com ácido ascórbico e comercializadas pelos frigoríficos JBS, Ceara, BRF (Junção da Sadia com a Perdigão). O excesso desta substância pode causar câncer. As carnes tinham selos de fiscalização do Ministério da Agricultura. Os responsáveis pelas fiscalizações teriam recebido propina para deixar passar os produtos adulterados e inadequados ao consumo humano.
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