“Temos notícias que existem três postos aqui que são do Comando Vermelho”. A frase é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petroleo no Estado em Mato Grosso (Sindipetróleo), o empresário Aldo Locatelli. Ele prestou depoimento na manhã desta terça-feira (23) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa (ALMT).
Mayke Toscano/Hipernoticias
Segundo o empresário, as organizações criminosas utilizam os postos de combustível para lavagem de dinheiro. Locatelli afirmou que a prática é feita em postos na Capital e no interior. Ele disse ainda que nada acontece com os sonegadores, o que incentiva alguns empresários a procurar formas de não pagar os impostos devidos.
“Você sonega, tem a vantagem de sonegar e nada acontece. A gente não sabe onde está o defeito dessa engenharia. É muito dinheiro, um lucro muito fácil. As principais formas hoje são a de você comprar nota para outro Estado e entregar aqui. Você ganha uma diferença, em alguns casos, de 50 a 60 centavos, e em outros casos, de 20 centavos. Você ganha mais dinheiro”, disse Locatelli.
Ele apontou ainda que um dos exemplos é do estado vizinho, o Mato Grosso do Sul. Quando se utilizam notas fiscais de lá, os empresários conseguem lucro de até 36 centavos. Locatelli disse que, por ano, o valor pode chegar a cerca de R$ 500 milhões sonegados, ou seja, praticamente o mesmo que o estado deveria receber através do Fundo de Exportações (FEX).
“No caso de Mato Grosso do Sul, por exemplo, é uma diferença de 36 centavos, por litro. Se ganha isso sem fazer nada. Quanto mais caro o imposto, mais se sonega. Isso é uma lei escrita por todos os economistas. Dá um FEX por ano ou mais. Temos que provar com papéis, atualmente, que dá isso aí”, explicou.
Locatelli disse ainda que há exceções e que grandes empresas não sonegam impostos, o que acaba prejudicando a competitividade. Segundo o empresário, por conta da prática cometida por empresas menores, o lucro destas maiores acaba diminuindo sensivelmente.
“Há exceções. Grandes companhias como a Shell, Petrobras e Ipiranga e algumas distribuidoras pequenas não fazem isso. Mas elas têm que ficar brigando. Tirando dinheiro lá, põe aqui. Pois não tem lucro”, completou.
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Raul Pinheiro 24/04/2019
Se todas as pessoas pensarem como vc meu amigo, essa merda que está o Brasil nunca muda, traficante, ladrão, bandidos e toda espécie de vagabundo larápio tem mais é que ser extirpada da face da terra. Temos que priorizar e dar valor para pessoas honestas, trabalhadoras e que dão valor ao que é certo... Se toda a população for composta de cagões e de pessoas medrosas, medíocres, nada muda. Esse Brasil vai mudar, nem que seja na base do aço. As cadeias estão ai pra isso...Parabenizo o empresário Aldo Locatelli pela atitude de cidadão. "BORA MUDAR BRASIL".
Benedito costa 24/04/2019
Fácil resolver este problema de sonegaçao do.combistovel no Estado. Todo o combustível que sai da refinaria tem o comprador. É só o Estado exigir que as.refinarias comunique toda a saída do combustível, o montante, o destinatário, o valor pago no produto. A partir daí o controle será bem mais fácil de saber a dosagem. Agora esse Aldo ta mexendo num barril de pólvora, esses caras do CV não perdoa e mesmo.os grandes como alguem que tem ai na cidade.
2 comentários