O governo Bolsonaro não tem ajudado com recursos financeiros o Estado de Mato Grosso. “Por enquanto nada de prático” veio do governo federal, no sentido ajudar o Estado a amenizar a atual crise alegada. A avaliação é do próprio governador Mauro Mendes (DEM), ao lamentar a rejeição da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) quanto ao Decreto de Calamidade Financeira, proposto pelo Executivo e aprovado em fevereiro pela Assembleia Legislativa. Pelo entendimento do Ministério da Economia, no texto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), há apenas a expressão “calamidade pública”, sem especificar se é financeira.
“O entendimento do Tesouro é que a decretação de calamidade financeira não abre aos governadores a possibilidade de parcelar ou atrasar dívidas, nem suspender gastos, nem descumprir os limites da lei”, diz a assessoria de Comunicação do Ministério da Fazenda.
Mauro Mendes entende que, apesar do não reconhecimento da União, o governo de Mato Grosso vai investir em outras frentes para tentar sair da crise.
“O governo [ federal] não reconheceu, mas não muda nada, vamos continuar trabalhando, já renegociamos a dívida do Bank of América, por exemplo. Já houve ações que fizemos, não em decorrente do Decreto em si, mas devido à lamentável situação do Estado”, apontou o governador.
Sem desanimar, Mauro Mendes ressaltou também que, enquanto não há socorro financeiro, Mato Grosso vai resistir com suas forças próprias, pois não há segundo ele, outro caminho.
“Estamos fazendo e vamos continuar fazendo o dever de casa. Meu estilo é um pouco diferente. Enquanto todo mundo reclama porque não veio o Fex, eu estou trabalhando com as nossas próprias pernas. Se não vier ajuda, não vou ficar esperando, vamos arregaçar as mangas, vamos economizar, buscar receitas novas dentro Estado de Mato Grosso, que é um Estado gigante e, tenho certeza que vamos recuperar”, enfatizou.
Sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador de Mato Grosso disse entender as dificuldades que a União atravessa e negou estar decepcionado com a gestão central do presidente. “Acho que o Bolsonaro tem seus problemas e, em princípio, cada um cuida dos seus. Ele está cuidando do País e eu estou cuidando de Mato Grosso”, sustentou, admitindo, porém, que esperava um pouco mais do governo federal nesse começo de ano, em termos de recursos. “Meu papel de solicitar ajuda da União eu estou fazendo, mas enquanto não vem a ajuda, eu vou trabalhando”, reforçou.
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