O governador Pedro Taques (PSDB) disse não acreditar em excessos por parte dos policiais militares que prenderam três servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), durante um protesto na manhã de terça-feira (31), em frente ao Palácio Paiaguáis, na região do CPA, em Cuiabá.
Alan Cosme/HiperNoticias
Na ação, cerca de 50 trabalhadores se deslocaram até a frente do palácio para protestarem no dia em que a paralisação completaria 50 dias. Os servidores estenderam faixas e colocaram cadeiras na avenida e impedirem a passagem dos motoristas. Desta forma, cinco viaturas da Polícia Militar foram acionadas. No local, os militares explicaram aos manifestantes que eles não poderiam colocar cadeiros, pois estava obstruindo a via. Depois dos servidores não atenderem ao pedido, os policiais tiveram que usar spray de pimenta e retirar os servidores da via.
“A greve é um direito fundamental do cidadão. A manifestação é um direito constitucional dentro da legalidade. Não há na constituição, o direito de manifestar e proibir a livre circulação das pessoas. O cidadão tem o direito de ir, vir e ficar não há greve trancando rua. Se houve excesso a Corregedoria da Polícia Militar que vai verificar, eu entendo que não”, disse o governador durante entrevista coletiva.
Após todo o desentendimento, os servidores foram levados à Central de Flagrantes para registro da ocorrência. Os manifestantes foram autuados por iobstrução da via e desobediência. Na delegacia, um pai de um dos servidores também foi preso por desacatar um policial.
Por meio de nota, a Polícia Militar esclareceu que adotou medidas necessárias para o restabelecimento da ordem e desobstrução da via em frente ao Palácio Paiaguás.
Leia a nota na íntegra
A Polícia Militar informa que adotou medidas legais e necessárias ao restabelecimento da ordem e desobstrução de via de acesso ao Palácio Paiaguás e outros pontos do Centro Político Administrativo (CPA), obstruídos em protesto de servidores grevistas do Detran-MT.
Os grevistas foram orientados a não obstruirem a via tão logo chegaram ao local. O uso de composto químico e as detenções somente ocorreram depois de reiteradas tentativas de negociação e a recusa no sentido de liberar o tráfego ora impedido por cadeiras e faixas expostas na pista.
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