O tenente-coronel José Henrique Costa Soares, testemunha-chave na Operação Esdras, afirma que teve a vida do seu filho ameaçada pelo ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco.
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Tenente-coronel contou plano de grupo criminoso para delegada Ana Cristina Feldner
“Este pessoal é perigoso, este pessoal é muito perigoso”, disse Soraes, em depoimento à delegada Ana Cristina Feldner, que conduz, na Polícia Civil, as investigações dos grampos telefônicos clandestinos e ilegais praticados em Mato Grosso.
A ameaça, segundo Soares, teria sido feita no dia 17 de setembro, um domingo.
Na data, ele almoçou na casa de Lesco e gravou o anfitrião, com o objetivo de levar provas da tentativa de obstruir os processos das interceptações, que tramitam no Tribuna de Justiça.
Além da gravação, Soares “surrupiou” dois celulares da casa do coronel, sendo um da esposa de Lesco, a personal trainer Helen Christy.
“Não sei se você pegou por má-fé ou se você pegou por distração. Eu só quero saber o seguinte, devolva, porque seu filho está correndo risco de vida”, teria dito Lesco, ao telefone, quando cobrou os celulares que estavam com Soares.
“Eu estava sob, realmente, ali perigo de acontecer alguma coisa com meu filho, a ameaça que ele fez me deixou numa situação muito complicada”, conta o tentente-coronel, que é escrivão do Inquérito Policial Militar relativo aos grampos clandestinos.
Conforme o depoimento, quem “resgatou” os celulares foi Helen Christy. Com a ajuda de uma amiga, ela foi até a casa de Soares buscar os telefones. “Ela [Helen] pega e coloca no short, e pergunta se por acaso eu não peguei mais nada por engano, de tom irônico”, relata o escrivão.
A operação Esdras foi deflagrada na quarta-feira (27) e apura envolvimento de agentes públicos, de secretários de Estado e policiais militares, no caso dos grampos telefônicos ilegais.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão contra o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o atual secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco.
Além disso, a esposa de Lesco, Helen Chrysti, sargento João Ricardo Soler, major Michel Ferronato, e também condução coercitiva do empresário José Marilson da Silva, responsável pelo desenvolvimento do sistema Sentinela, utilizado pelo "Núcleo de Inteligência" da Polícia Militar.
O advogado Marciano Xavier das Neves também foi alvo da Operação Esdras. Segundo o presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT), André Stumpf, Marciano passou por uma audiência admonitória e foi liberado.
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pau rodado 30/09/2017
Um passarinho me contou que tem Cel da grampolandia fazendo "delação premiada" e segundo esta ave, haverá um verdadeiro "estado de deformação"; já tem tem ate ave grande pensando em tirar licença pois esta dodói! ui ui ui
Benedito Addôr 30/09/2017
Disso já desconfiava, depois tive certeza absoluta. O site hipernoticias fez a matéria " Morador da Ilha da Banana tem casa invadida e apenas documentos são levados de armário", que narrou a invasão que sofri; dias depois dessa a casa foi invadida de novo, desta vez arrancaram os pinos das dobradiças de outro armário, e mexeram de novo em documentos. A máfia se instalou em Mato Grosso. Não me surpreenderia que meu telefone, celular, notebook, tenha sido clonado, grampeado. A tampa do notebook, onde fica o teclado, apareceu misteriosamente com uma rachadura, que nunca teve. Quando invadiram, celular, notebook, estavam na casa, e não foram levados. Tive que pagar uma pessoa para formatar todo o notebook, colocar novo antivírus, mas o disco rígido poderia ser copiado. Estive pessoalmente no Gaeco para ver se conseguia saber se constava na lista de pessoas grampeadas, mas não tive resposta. Gostaria de saber: quantas pessoas foram grampeadas? Cadê a lista? Ainda bem que, quem manda aqui no pedaço, é São Benedito. Salve São Benedito.
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