O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJMT) pontua em sua decisão, que prendeu oito pessoas durante a Operação Esdras da Polícia Civil, sobre a necessidade de manter as sigilo das diligências, uma vez que há suspeitas de envolvimento de promotores de Justiça nas interceptações clandestinas e tentativa do Ministério Público Estadual (MPE) de obstruir as investigações e afastar o relator do caso.
“Não cuidava de um único membro do Ministério Público Estadual, e, sim, que haveria um 'grupo do Ministério Público' interessado em meu afastamento das investigações”, diz trecho do documento.
Na determinação, Perri ressalta ainda a demora do MPE em manifestar sobre os pedidos do desembargador, o que ensejaria na lentidão da tramitação processual, colocaria em risco a integridade física de testemunhas.
O desembargador é o relator das ações referente a investigações sobre as interceptações clandestinas existentes no âmbito da Polícia Militar e que tiveram como alvos centenas de personalidades no estado. Com apoio de servidores do alto escalão do governo, as escutas eram aplicadas.
Por determinação do magistrado, foram presos na primeira fase da operação de investigação dos grampos os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco, o tenente-coronel Ronelson Barros e o cabo Gerson Ferreira Gouveia Júnior.
Na deflagração a Operação Esdra forma detidos secretario de Justiça e Direitos Humanos coronel Airton Benedito Siqueira, ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco e sua esposa Helen Lesco, sargento Soler, ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas e o empresário José Marilson da Silva.
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