A defesa do deputado estadual Gilmar Fabris(PSD)e a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa não acreditam que uma nova prisão do parlamentar possa ser expedida pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
Essa possibilidade de prisão vem sendo aventada nos bastidores da política, desde que Fabris ganhou a liberdade por força de um alvará expedido pelo próprio Legislativo.
O deputado foi preso no dia 15 de setembro, um dia após a deflagração da 12ª fase da Operação Ararath, denominada Malebolge. Ele é acusado de obstrução à Justiça.
Naquela data, segundo a assessoria, a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), já determinava a notificação da Assembleia Legislativa e a Casa já poderia votar pela manutenção ou não da prisão preventiva.
Porém, embora o comunicado tenha atendido pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), autora do pedido de prisão, a assessoria jurídica do Legislativo preferiu agir com cautela.
Isso porque Fux decretou a prisão preventiva e mais uma medida cautelar de suspensão do mandato. Ou seja, naquele momento o plenário poderia revogar parcialmente uma decisão da Suprema Corte. Por isso, havia o temor de que uma eventual sessão poderia sofrer represálias do Ministério Público Federal (MPF).
O posicionamento só foi alterado a partir do dia 11 de outubro, quando o Supremo julgou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), protocolada pelos partidos PSC, PP e Solidariedade, que questionava a aplicação de medidas cautelares como afastamento e suspensão de mandato de parlamentares no exercício do cargo.
Prevaleceu o entendimento de que o Judiciário tem o poder de aplicar medida cautelar contra um parlamentar, o que na prática significa autorizar o afastamento ou suspensão do mandato. No entanto, os 6 votos a 5 também decidiram que é necessário o aval da respectiva Casa de Leis, conforme já assegurado pela Constituição Federal em relação à prisão.
Com isso, a Assembleia Legislativa tornou-se apta a votar pela revogação da prisão e da medida cautelar imposta ao deputado Gilmar Fabris, o que ocorreu no dia 24 de outubro, ou seja, 40 dias após a prisão. Fabris foi solto no dia seguinte.
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