O vereador Nilo Campos (PV) teve arquivadas as denúncias de divulgação de material pedófilo que pesavam contra ele. A decisão foi anunciada pela Câmara Municipal de Várzea Grande após sessão plenária realizada na noite desta quarta-feira (09). As publicações do material pornográfico ilegal estariam em um blog que, apesar de constar em seu nome, não era nem de seu conhecimento nem de sua propriedade.
Em decisão quase unânime, os pares de Campos decidiram –– por 17 votos contra um –– pelo arquivamento das acusações. Somente o presidente da comissão parlamentar, João Tertuliano de Barros Filho, o Joãozito (DEM), votou pela manutenção das investigações. Outros dois vereadores –– Sumaia Leite (Solidariedade) e Jânio Calistro (PMDB) –– preferiram se abster da votação.
A Casa de Leis várzea-grandense havia afastado o vereador verde preventivamente por um período de 90 dias no último dia 10 de junho. Na ocasião, foram 12 votos a favor do afastamento e somente oito contra. A intenção, afirmavam os colegas dele, era melhor apurar as denúncias sobre a existência de material impróprio num blog que constava como de autoria de Nilo Campos. No entanto, ele já havia conseguido reaver sua cadeira no parlamento municipal por força de uma liminar concedida pelo juiz Alexandre Elias Filho, da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública no dia 08 de julho.
Campos comemorou a vitória e reafirmou que tudo não passou de uma armação política e persecutória contra sua honra. “O blog não era meu e provei isso. Não fiz, não faço e não vou fazer uma barbaridade dessas nunca. Sou um pai de família, um líder comunitário e religioso. Não teria como, jamais, publicar uns absurdos daqueles”, contou ao HiperNotícias, ainda comemorando, o vereador Nilo Campos. “Fiquei feliz que a comissão processante tenha entendido a minha inocência”, afirma o parlamentar.
Campos também fez questão de deixar claro que ele próprio levou o caso ao conhecimento da Polícia Federal, do Ministério Público Estadual, via Gaeco, para apuração e apontamento dos verdadeiros responsáveis pelo perfil falso feito em seu nome para divulgação do material proibido. Sobre quem poderia ter feito isso com ele, o vereador prefere se abster de apontar culpados ou motivos. “É uma pessoa que não existe, então não temos como direcionar a quem seja. Mas impetramos pedidos junto à Polícia Federal, ao MP, um pedido de investigação. Isso foi feito por mim mesmo, como vereador”, argumenta.
“Buscamos essa ajuda e os órgãos competentes é quem vão, agora, buscar a verdade. Na parte política, já foi comprovado que eu não tenho culpa alguma. Agora só me resta esperar a apuração das denúncias feitas por mim para comprovar, uma vez mais, minha total inocência com relação a essas denúncias”.
Campos fez questão de agradecer a atuação da imprensa que, segundo ele, se portou “de maneira ética, sem divulgar coisas inverídicas sem consultar-nos”. Entretanto, se disse consciente do esforço a ser feito agora para livrar-se do estigma de quem condena assim que lê. “Foram três meses difíceis demais. Não desejo a ninguém passar por nada do que eu passei. Só estamos felizes porque conseguimos provar a nossa total inocência”, encerra.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.