A coluna do jornalista Lauro Jardim do jornal O Globo voltou a afirmar que em delação premiada junto a Procuradoria-Geral da República (PGR) o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Pedro Nadaf, apontou um esquema de "caixa 2" na campanha do governador Pedro Taques (PSDB) em 2014. Segundo a coluna, que está assinada pelo jornalista Guilherme Amado (Lauro Jardim se encontra de férias), o mediador do esquema seria o empresário Alan Malouf, que teria coordenado a equipe financeira de Taques durante o pleito de 2014.
Alan Cosme/HiperNoticias
"Malouf atuou como arrecadador para Taques em 2014, mas também tem laços com o PMDB do estado. Em setembro, o Ministério Público local pediu a prisão de Malouf no âmbito da operação Sodoma, que prendeu Silval. Taques nega que tenha havido caixa dois em 2014. A delação premiada de Nadaf deve ser homologada ainda este mês", diz a nota públicada hoje (22).
A coluna reafirmou a denúncia um dia depois que defesa de Nadaf, por meio do advogado Willian Khalil, negar ter citado o nome do governador.
“A informação não é verdadeira tendo apenas característica sensacionalista e desnecessária”, afirmou o advogado em um trecho da nota enviada à imprensa.
Já Alan Malouf negou que tenha atuado como “operador financeiro” na campanha de Pedro Taques.
"Em nenhum momento o empresário Alan Malouf foi 'operador financeiro' na campanha de Pedro Taques, muito menos assumiu alguma função no grupo político. Malouf atuou, juntamente com outros empresários, como colaborador", disse o empresário por meio de nota.
A nota ainda diz que o empresário nunca teve ligações partidárias. "Rechaçamos, ainda, a ligação feita entre o empresário e o PMDB, como insinua a notícia, uma vez que Alan Malouf nunca teve ligações partidárias ou vínculo político", finaliza a nota de Malouf.
O governador Pedro Taques (PSDB) também negou, por meio de nota, que tenha recebido qualquer valor à sua campanha que não fosse declarado, conforme prestação de contas aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"1 - Pedro Taques nunca teve militância ou qualquer outra relação política com Pedro Nadaf, que é réu confesso investigado nas operações Sodoma, Seven e Sodoma 2, por envolvimento em crimes de corrupção no governo Silval Barbosa. Portanto, a eventual citação do nome do governador, caso seja confirmada, não passa de uma tentativa sórdida de envolvimento de um adversário político em crimes que Pedro Taques sempre combateu, seja durante seus 15 anos de atuação no Ministério Público Federal, seja no exercício do mandato de Governador de Mato Grosso.
2 - Até onde se sabe oficialmente, a delação de Pedro Nadaf ainda aguarda homologação da Procuradoria Geral da República e do Poder Judiciário, e corre em Segredo de Justiça, o que dificulta esclarecimentos pontuais, uma vez que o governador não tem conhecimento do teor da referida delação.
3 - O governador antecipa que ingressará com medidas judiciais cabíveis para ter acesso ao teor da delação, uma vez que o documento vazou para a imprensa vinculando seu nome ao caso, causando prejuízos à sua imagem, mesmo sem ter nenhum envolvimento com os fatos narrados", diz trecho da nota do governador Pedro Taques.
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