A Assembleia Legislativa (ALMT) aprovou moção de repúdio contra o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, na sessão ordinária desta quarta-feira (8), por valorizar as plantações em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O requerimento é de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Apenas Lúdio Cabral e Valdir Barranco, ambos do PT, foram opostos à proposição.
Segundo justificativa de Cattani, que foi assentado na região de Nova Mutum (242 km de Cuiabá), o ministro "minimizou" o papel dos produtores rurais de Mato Grosso ao restringir os elogios às plantações em assentamentos do MST, por "colocar comida no prato" dos brasileiros.
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"Quem bota alimento na mesa do povo brasileiro de verdade são os pequenos agricultores e agricultura familiar, os assentamentos do MST, que muita gente torce o nariz quando fala, mas é a verdade", teria declarado Luiz Marinho em audiência do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de acordo com trecho do documento.
O presidente da AL, Eduardo Botelho (União Brasil), conduziu a leitura do pedido de moção, que pegou os deputados da oposição de surpresa.
"O Cattani justifica que o ministro minimizou a atuação do agronegócio no consumo interno ao dizer que o MST tem papel importante", falou Botelho.
Lúdio criticou Gilberto Cattani e o alfinetou afirmando que o desabastecimento de alimentos sentido no primeiro trimestre deste ano poderia ser abordado de outra forma.
"Cattani, há outras formas de tratar dessas pautas sem precisar submeter o plenário da AL às votações constrangedoras das suas moções de repúdio. Há outras formas de realizarmos esses debates de maneira construtiva", disparou Lúdio.
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