O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou ter a "sensação" de que os vereadores não têm interesse de investigar a CS Mobi. Abilio disse ter ouvido nos corredores da Câmara sobre o encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CS Mobi antes dos repasses milionários à concessária serem pacificados. O prefeito falou que a gestão está "amarrada" e que os pagamentos são feitos de forma coercitiva, sendo debitados da conta do Executivo sem consulta prévia se afetará as ações de governo.
A avaliação de Abilio aos vereadores sobrecai, principalmente, sobre a base do governo na Câmara, considerando que Rafael Ranalli (PL) é o presidente da CPI e o líder do prefeito, Dilemário Alencar (União Brasil), é o relator.
"Às vezes, eu tenho a sensação que a CPI não quer continuar investigando, então, está uma sensação meio estranha ali. Eu percebi alguns comentários que a CPI quer encerrar logo, acabar logo. Não sei se isso é verdade, acho que cabe perguntar ao Ranalli, a Maysa e para o vereador de Dilemário", falou Abilio ao Estadão MT nesta segunda-feira (15).
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Os pagamentos à CS Mobi motivaram a instação de mesa técnica no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O prefeito ressaltou que o diálogo está aberto com reprentantes da empresa.
O prefeito também lembrou que a CPI escancarou fragilidades na negociação com a concessionária. Segundo ele, o servidor destacado pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para ser fiscal do contrato, não tinha conhecimento que era o responsável pelo procedimento; Emanuel conciliou os pagamentos com a entrada do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), descumprindo a lei; e não consultou a Câmara.
"Eu estou estranhando ... com tantos fatos, isso é difícil. Eu acho que a CPI tem que começar a trazer algumas pessoas lá que vá responder algumas perguntas", provocou Abilio. "Tem que ver quem foi que tirou vantagem com esse contrato porque a gestão pública que não foi", encerrou o prefeito.
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