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Política Quarta-feira, 05 de Julho de 2017, 23:35 - A | A

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Quarta-feira, 05 de Julho de 2017, 23h:35 - A | A

GRAMPOS NA CORTE

Siqueira entrega documento e revela espionagens dentro do TJ

RENAN MARCEL/PABLO RODRIGO

Durante o seu depoimento na Corregedoria-geral da Polícia Militar, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, entregou uma declaração registrada em cartório que revela uma série de espionagens e interceptações ocorridas no âmbito do Tribunal de Justiça. Segundo ele, as escutas ocorreram a mando do desembargador Orlando Perri e também do juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior. Os alvos eram os próprios magistrados do Judiciário estadual. 
 

Max Aguiar/HiperNoticias

coronel siqueira junior

 

Siqueira foi interrogado nesta quinta-feira (5), em função do inquérito que investiga os grampos clandestinos em Mato Grosso. Ele estava sendo orientado pelo seu advogado,  Paulo Taques, ex-secretário-chefe da Casa Civil. Perri, atualmente, é responsável pelas investigações no TJ sobre o esquema de espionagem no modelo "barriga de aluguel",  supostamente praticados tanto na Polícia Militar quanto na Polícia Judiciária Civil.
 
Conforme a declaração de Siqueira, que foi registrada com data de 29 de junho no Cartório 4º Ofício de Cuiabá, Orlando Perri teria mandado interceptar o desembargador aposentado José Ferreira Leite e os juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marco Aurélio Ferreira para investigar supostos desvios de recursos do Tribunal de Justiça. A suspeita era de que o dinheiro estaria beneficiando a  Loja Maçônica Grande Oriente de Mato Grosso. 
 
O secretário conta que, em 2007, quando ainda era major e trabalhava na coordenação de Tecnologia da Informação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), foi chamado coordenadora do grupo à época, a procuradora de Justiça Eliane Maranhão Ayres. Naquela época, Perri era o corregedor-geral do TJ. 
 
Na reunião, a procuradora informou que Perri estava conduzindo uma investigação contra os colegas do Judiciário. E disse que indicaria Siqueira para "cumprir a missão [...] no mais absoluto sigilo". "Fui orientado a procurar o desembargador Orlando Perri em seu gabinete, que detalhou que estava fazendo uma ampla investigação sobre desvios cometidos pelo desembargador José Ferreira Leite e outros magistrados a ele ligados", conta Siqueira.
 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Posse desembargadores/TJ/Orlando Perri

 

Ainda segundo o secretário, naquele dia, Perri também informou que estava quebrando o sigilo telefônico de Leite, Barros, Horácio, Lima Fernandes e do juiz Marcos Aurélio Ferreira. "Eu deveria atuar pessoalmente na coleta, verificação e relatório das escutas telefônicas, e não delegasse essa função a ninguém", detalha. 
 
O coronel declarou também que Perri emitiu os mandados de quebra dos sigilos telefônicos escrito de próprio punho e que entregou todo o relatório das interceptações ao próprio desembargador. Porém, Siqueira diz que as informações tiradas dos grampos não tinha nenhuma ligação com as investigações sobre desvios de recursos do TJ. 

“Lembro-me que as informações coletadas das conversas telefônicas dos magistrados investigados não interessavam às investigações, tratando-se em sua grande maioria de assuntos pessoais e da intimidade dos mesmos”, explicou em outro trecho do depoimento.
 
Por fim, revelou que, ao mesmo tempo em que trabalha para Perri, um sargento identificado apenas pelo sobrenome Soler seguia ordens do promotor Mauro Zaque. A missão era sigilosa e também envolvia investigação contra magistrados. Dessa vez, o alvo era o próprio Perri e também o juiz Marcelo Barros. E o mandante era o juiz-auxiliar da Corregedoria, Luís Aparecido Bertolucci Júnior. Soler teria contado a Siqueira que Bertolucci o mandou colocar escutas ambientais dentro da sala de Perri e também determinou que copiasse arquivos do computador de Barros. 
 
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