Reportagem veiculada nesta segunda-feira (28), pelo Jornal Nacional, trouxe novos vídeos entregues pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), no acordo de colaboração premiada feito com o Ministério Público Federal.
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As imagens mostram mais deputados recebendo propina diretamente do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cezar Araújo. Dessa vez, surgem os ex-deputados estaduais Antônio Azambuja (PP), Airton Português (PSD) e o ainda deputado Baiano Filho (à época filiado ao PMDB, mas hoje no PSDB).
A irmã de Português, Vanice Marques (PSD), aparece junto do ex-deputado. Ela foi secretária estadual na gestão de Silval.
Em um dos vídeos, Azambuja chega com uma pasta e começa a receber diversos maços de dinheiro. O valor é contato ali, por Silvio Cezar: "Dez, vinte, trinta... e mais 20... cinquenta".
O ex-deputado começa a colocar tudo na pasta. Mas o dinheiro é muito e não cabe. Ele retira os elásticos para fazer maços menores e mesmo assim não consegue fechar.
Azambuja, então, tira parte dos maços e aperta a pasta. Vendo que era dinheiro demais, começa a encher os bolsos do paletó.
Conforme a reportagem, Baiano foi o único que não recebeu propina no vídeo gravado por Silvio Cezar. No entanto, ele aparece cobrando a sua parte no esquema.
"O presidente prometeu lá. Você que tinha arrumado um milhão e oitocentos. Dou conta não, dou conta não. Eu preciso!", diz a Cezar.
"Eu sei, mas não tem como. Não tem.", responde o assessor de Silval, que era o encarregado de pagar a propina.
"Mas ele falou na hora, pô. Esse povo não... não cumpre o que fala?", se queixa Baiano.
O acordo de colaboração premiada do ex-governador foi homologado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 9 de agosto.
Na semana passada, o magistrado retirou o sigilo sobre as informações. Ele também autorizou inquérito para apurar crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
A investigação foi solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e vai apurar o envolvimento de todos os citados. Com a homologação, a Procuradoria-geral da República (PGR) vai analisar cada fato revelado na delação.
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