O delegado Roberto Amorim, do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que o desaparecimento do professor de matemática, Celso Odinir Gomes, de 60 anos, seja um caso de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Questionado sobre a hipótese de suicídio, Amorim negou a possibilidade. Ao HNT, o delegado revelou que crê que os ladrões espalharam cartões e o carro da vítima pela cidade para despistar a polícia. As buscas seguem.
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“Nós trabalhamos também nessa hipótese de latrocínio. […] A gente muitas vezes está trabalhando na hipótese de ser realmente um assalto, como eu te falei, que foi seguido de morte. Tendo em vista que ele parou, quando ele ia para chácara. Vocês sabem, vocês já têm conhecimento disso, que ele parou para atender um telefonema e, a partir desse telefonema, ele desapareceu. Então, talvez, nesse momento de parar para falar no telefone, pode ter chegado alguém e assaltado e abordado ele”, explicou o delegado.
O policial disse acreditar que os ladrões envolvidos no desaparecimento do professor roubaram seus cartões e, como não conseguiram utilizá-los, acabaram jogando fora no bairro Parque Cuiabá, também como uma estratégia de despistar a polícia.
“Jogaram os cartões em um local, encontramos outros documentos em outro local e o carro em outro local. Então, acho que esse modus operandi é para despistar a polícia, para a gente não ter a localização, de confundir nesse momento, até para uma possível localização do corpo”, contou Amorim.
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Ao HNT, Amorim contou que os criminosos tentaram utilizar os cartões de Celso Odinir Gomes, no entanto, a polícia acredita que o professor passou as senhas erradas para os ladrões, que acabaram bloqueando os cartões após as três tentativas.
Para o delegado, os criminosos abandonaram o veículo Gol do professor devido à grande divulgação do caso pela mídia e ficaram com medo das consequências. Segundo Amorim, o veículo foi localizado após uma denúncia de alguém que dava conta de ter visto o carro do professor transitando pela cidade, mas com uma dupla de homens com bonés no automóvel.
Uma das hipóteses levantadas pelo delegado é a de que os criminosos podem ter ficado nervosos com o fato de o professor ter passado as senhas erradas dos cartões e, por isso, resolveram matá-lo. “O professor deu a senha errada, eles ficaram nervosos e podem ter uma agressão maior com o professor”, disse o delegado.
Roberto Amorim descartou a possibilidade de que haja envolvimento de facções ou desavenças que tenham resultado no crime.
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